CNN expõe que deepfakes foram produzidas do Irã e China para influenciar eleições

Stephany Nascimento Por Stephany Nascimento
3 min de leitura
Foto destaque: Uma udiência entre autoridades norte-americanas irá acontecer nesta quarta-feira (15). (Reprodução/Freepick)

A CNN divulgou com exclusividade, nesta quarta-feira (15), que conteúdos falsos gerados por inteligência artificial (IA) foram preparados nas últimas semanas da campanha eleitoral de 2020 por agentes que trabalham para os governos da China e do Irã a fim de influenciar eleitores dos Estados Unidos, segundo ex-funcionários e atuais dos EUA informados sobre a inteligência.

O jornal compartilhou a informação de que agentes chineses e iranianos não chegaram a divulgar publicamente o áudio ou o vídeo deepfake, mas os detalhes que foram expostos apenas neste momento mostram a preocupação que as autoridades dos EUA possuíam em 2020 sobre vontade das potências exteriores de ampliar informações falsas sobre o processo eleitoral.

Uma das fontes da CNN contou ao jornal que a Agência de Segurança Nacional (NSA) havia recolhido informações para que autoridades dos Estados Unidos pudessem visar as capacidades da China e do Irã na criação de deepfakes. 

As fontes da CNN também explicaram que não ficou claro o conteúdo retratado nos deepfakes preparados pelos agentes chineses e iranianos em 2020 ou por qual motivo não foram utilizados durante as eleições.

O Comitê de Inteligência do Senado vai realizar uma audiência nesta quarta-feira (15) sobre a ameaça de deepfakes e influência estrangeira. Os legisladores terão a oportunidade de interrogar publicamente o diretor de inteligência nacional e uma equipe do alto escalão sobre ameaças estrangeiras às eleições dos Estados Unidos que acontecerão daqui a seis meses.

Preocupação norte-americana sobre deepfakes


NSA Georgia (NSAG). (Foto: reprodução/Site oficial National Security Agency)

Caracterizada como uma técnica de mostrar o rosto de uma pessoa em fotos ou vídeos alterados com ajuda de IA, as deepfakes se tornaram ainda mais fáceis de produzir. A preocupação das autoridades norte-americanas é direcionada em como a inteligência artificial pode ser usada por campanhas com influência estrangeira para enganar eleitores.

A CNN também identificou que a Sala de Situação da Casa Branca realizou, em dezembro do ano passado, uma preparação para as eleições que ocorrerão em 2024. O cenário proposto foi um vídeo falso gerado por inteligência artificial supostamente criado por agentes chineses, em que um candidato ao Senado aparecia destruindo células. Os funcionários do alto escalão dos Estados Unidos se empenharam para responder ao cenário proposto para aprender a lidar com eficiência nesses casos. 

Um ex-funcionário do alto escalão dos EUA contou para a CNN que autoridades dos Estados Unidos acreditavam que a China e o Irã não possuíam capacidade de implantar deepfakes realmente impactantes nas eleições presidenciais de 2020. A fonte disse que acha que a tecnologia não tenha sido boa o suficiente.

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