Depois de dias de investigação e buscas por respostas, a Polícia Civil informou que Maicol Sales dos Santos, de 27 anos, confessou ter assassinado a adolescente Vitória Sousa, de 17 anos. O crime, segundo ele, foi cometido por vingança, porque seus sentimentos por ela não eram correspondidos. O caso que chocou Cajamar, na Grande São Paulo, teve um desfecho impactante na noite de segunda-feira (17), quando Maicol prestou depoimento na delegacia e assumiu a autoria do homicídio. Segundo os delegados do caso, ele teria usado uma faca para atacar a jovem.
O desaparecimento e a descoberta do corpo
Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro após sair do trabalho em um shopping e pegar um ônibus para casa. Oito dias depois, em 5 de março, seu corpo foi encontrado em uma área de mata. A cena era brutal: ela estava nua, com a cabeça raspada e apresentava múltiplos ferimentos de faca.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Vitória morreu por hemorragia traumática causada pelos golpes. Não houve sinais de violência sexual, mas exames ainda estão sendo realizados para esclarecer detalhes do crime.
A versão do suspeito
Maicol, morador do mesmo bairro que Vitória, teria confessado espontaneamente o crime na delegacia, conforme relato dos investigadores. Durante o depoimento, seus advogados se retiraram, e o interrogatório seguiu com a presença de defensores públicos. No entanto, em uma segunda oitiva, já na presença de seus advogados, ele recuou e negou o crime.
A investigação também aponta que Maicol pode ter perseguido Vitória por algum tempo, antes do crime. A análise do celular do suspeito mostrou que ele visualizou uma foto da jovem no ponto de ônibus pouco antes de seu desaparecimento. Além disso, testemunhas relataram terem visto seu carro nas proximidades do local onde ela desceu.
Novas pistas e dúvidas em aberto
A polícia segue investigando se Maicol agiu sozinho ou teve ajuda. Testemunhas mencionaram movimentação suspeita próxima à casa dele na noite do crime. Além disso, um fio de cabelo encontrado no carro do suspeito está sendo analisado para verificar se pertence à vítima.
Outro ponto em investigação é se Vitória foi dopada antes do ataque. Seu exame toxicológico apontou presença de álcool no sangue, mas os peritos ainda avaliam se isso se deve ao processo de decomposição do corpo ou se ela foi forçada a ingerir alguma substância.
Revolta e busca por justiça
O assassinato de Vitória gerou grande comoção na cidade. Seu velório reuniu amigos, familiares e moradores indignados com o crime brutal. Enquanto a polícia avança nas investigações, a comunidade pede por justiça e medidas mais rígidas para proteger jovens de violências semelhantes.
A investigação segue em andamento, com novas perícias e análises de provas. A polícia afirma que não há dúvidas sobre a autoria do crime, mas a versão final do caso será definida com base nas provas técnicas e no julgamento do acusado.