Donald Trump condena ataque de Israel ao Catar: “lamentável incidente” 

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (10) que não concorda com a forma que Israel agiu no ataque a líderes do Hamas em Doha, capital do Catar. Trump disse não estar entusiasmado com a situação, mas que não se surpreende com qualquer coisa que aconteça no Oriente Médio. Segundo informações da CNN, a Casa Branca só foi informada do bombardeamento pouco antes dele iniciar, não dando tempo suficiente para alertar os catarianos. 

Discordância de Netanyahu

Trump se posicionou de forma contrária ao ataque de Israel ao Catar. Em declaração nas redes sociais, ele afirmou que a decisão foi, inteiramente, tomada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Segundo o presidente norte-americano, os ataques não refletem os interesses de Israel e dos EUA, mas que extinguir o Hamas é um objetivo digno. O episódio foi tido como um lamentável incidente. Catar é considerado, por Washington, um importante aliado na negociação da paz.


Momento do ataque de Israel a lideranças do Hamas no Catar
(vídeo: reprodução/youtube/cnnbrasil)

Netanyahu assumiu o planejamento e execução da ofensiva, realizada, segundo o Exército Israelense, pela agência de inteligência do país, a Shin Bet, em parceria com a Força Aérea. 

Consequências do ataque

A agressão israelense foi feita por jatos, que utilizando armas de precisão, atingiram líderes do Hamas que estavam em Doha, capital catariana. O Hamas afirmou que, entre os cinco mortos, está o filho de Khalil Al-Hayya, principal negociador da paz com Israel, mas que os membros da alta cúpula do grupo sobreviveram. Segundo o governo do Catar, durante o bombardeio, um membro da Força de Segurança do país foi morto e outros ficaram feridos. 


Ofensiva com tanques de Israel a Gaza no dia 7 deste mês
(reprodução/Amir Levy/Getty Images Embed)


A Organização das Nações Unidas entendeu a situação como violação de soberania nacional. O Papa Leão XIV se manifestou, rapidamente, de forma contrária ao ataque. Opositores de Israel no Oriente Médio, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos se solidarizaram com o país vitimado. O Catar anunciou a saída da nação da negociação pelos tratados de paz do conflito na Faixa de Gaza.