Emmanuel Macron viaja a Pequim e costura acordos comerciais 

Na quarta-feira (3), o presidente da França, Emmanuel Macron, chegou a Pequim, na China. Durante sua quarta visita oficial ao Estado Chinês, Macron encontrou-se com o líder chinês, Xi Jinping, ocasião em que abordou diversos assuntos comerciais e econômicos.

O presidente francês quer intensificar a cooperação em assuntos geopolíticos por parte da China; ele também busca manter empregos industriais no país para fortalecer o seu legado com o povo francês. Entretanto, busca não criar uma rivalidade direta com a segunda maior economia do mundo.

Ao mesmo tempo, a União Europeia busca a ajuda da China para pôr fim à guerra na Ucrânia. Por outro lado, Pequim busca amenizar as fricções comerciais com a União Europeia, que tem uma composição de 27 membros. A China busca se consolidar ainda mais no mercado europeu, após as tarifas dos Estados Unidos a esses países.

Conversa entre Emmanuel Macron e Xi Jinping

Nesta quinta-feira (4), Emmanuel Macron se reuniu com Xi Jinping no Grande Salão do Povo, em Pequim. No local, eles discutiram sobre, na visão do presidente francês, os desequilíbrios no mercado não serem sustentáveis, o que representaria um grande risco de desencadear uma crise financeira mundial e, assim, ameaçaria a boa relação entre os países. Além disso, o presidente da França cita que existem soluções para essa diferença — defendendo regras mais justas e rigorosas, em vez de regras baseadas na força dos EUA e da China.


Post do presidente da França, Emmanuel Macron, na chegada a China (Vídeo: reprodução/Instagram/@emmanuelmacron)


Já o líder da China, Xi Jinping, disse ao presidente francês que seus países deveriam seguir seus próprios caminhos geopolíticos. Ou seja, que a China manteria sua posição de grande força comercial, ao mesmo tempo em que buscaria a parceria com esses países da União Europeia.

Após as conversas, os dois líderes assinaram 12 acordos de cooperação que abrangem muitos temas, como, por exemplo, envelhecimento populacional, energia nuclear e conservação de pandas, mas sem especificar o valor monetário total.

Guerra na Ucrânia

O presidente da França, Emmanuel Macron, nesse encontro, reforçou o pedido da União Europeia para que a China pressionasse Moscou a pôr fim à guerra na Ucrânia; porém, aparentemente, mais um pedido em vão ao líder de Pequim. O país comandado por Xi Jinping ofereceu garantias à Rússia de que continuará apoiando-a. Essa conversa ocorreu em um encontro no mês de novembro, na Rússia.

Nesse encontro, Rússia e China conversaram sobre defesa antimísseis e estabilidade estratégica, e concordaram em fortalecer sua cooperação nessas áreas, isto é, por conta da retomada do programa nuclear dos Estados Unidos.


Encontro dos representates da França e China (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ludovic Marin)


Em contrapartida, o líder chinês diz permanecer comprometido com a busca pela paz na Ucrânia. Em conclusão, o chefe de Estado da França permanecerá na China até sexta-feira (5) e procura firmar novos tratados entre seu país, a União Europeia e a China. Como, por exemplo, o pacote de encomendas da Airbus (AIR.PA); espera-se que a China encomende 500 jatos da Airbus, porém nenhum acordo foi assinado ainda.