Empresa Meta diz que removerá posts atacando judeus

Fernanda Eirão Por Fernanda Eirão
3 min de leitura
Foto Destaque: Meta atualiza política sobre conteúdos antissemitas em suas plataformas (reprodução/Andrew Lichtenstein/Corbis/Getty Images embed)

Dono das redes sociais Facebook e Instagram, o grupo Meta anunciou nesta terça-feira (09), que começará a excluir postagens rotulando o povo judaico de “sionista” ou que visam acusá-lo de “causar danos”. O comunicado vem como um esforço da empresa em tentar equilibrar ataques de ódio e liberdade de expressão em suas plataformas, especialmente durante o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza.

Alvo de ataques

Os estereótipos contra a nação judaica perduram por várias décadas, incluindo o de serem gananciosos e avarentos, de serem conspiradores e de controlar bancos, mídias e outras instituições de influência na sociedade. A empresa Meta tem como alvo a palavra “sionista”, referente ao sionismo, movimento surgido no século 19 na comunidade judaica europeia, que vai um crescimento de sentimentos antissemitista na época. 

“Vamos agora remover conteúdo que tenha como alvo os ‘sionistas’ com comparações desumanizantes, apelos a danos ou negações de existência com base no fato de ‘sionista’ nesses casos muitas vezes parecer ser um substituto para o povo judeu”, disse a Meta em comunicado oficial. 


A população judaica é alvo de ataques de discurso de ódio que permeiam as redes sociais (Foto: reprodução/Jupiterimages/Getty Images embed)


O nome ‘sionista’ surgiu em referência ao Monte Sião, usado como símbolo da terra prometida e é comumente usado para se referir ao povo judeu. A atualização na política da Meta passa a tratar a palavra como referência e quando for associada para discursos de ódio e conteúdo antissemita nas plataformas, tais mensagens serão removidas.

Abordagem da Meta

No início do mês, o grupo comunicou estar adotando uma forma mais sutil de agir em respeito aos discursos de ódio. Além de “sionista”, termos como “shahid”, em árabe, por exemplo, que é normalmente traduzido como “mártir”, passarão pelo mesmo crivo. Toda essa análise é feita pelo Conselho de Supervisão, também chamado de Oversight Board, que fornece uma verificação de conteúdo julgado controverso e decide se ele deve ser banido ou não. 

Criado em 2020, o conselho da Meta é um comitê independente e conta com 20 membros de diversos países e formações acadêmicas. Segundo Paolo Carozza, que faz parte do conselho, a recomendação de relaxamento do termo “shahid”, que antes tinha uma “proibição geral” nas plataformas, foi bem recebida e aclamada pelos membros do comitê.

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