No dia de posse de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos (20), uma das primeiras medidas tomadas pelo chefe de estado foi suspender os funcionários de setores públicos destinados a políticas de diversidade e inclusão.
O conjunto destas iniciativas que promovem a contratação de pessoas sub-representadas, ou que tenham sofrido discriminação é conhecido como DEI. O afastamento foi do tipo “licença administrativa remunerada”, que significa que eles serão suspensos, mas por enquanto manterão seus salários.
Como funciona o DEI?
Estes setores incluem políticas de contratação e promoção, auditorias sobre equidade salarial, programas de mentoria e estágio, eventos sociais do empregador para o empregado e outros fatores.
De acordo com o governo estadunidense, programa é dividido em três pilares:
- Diversidade: Presença das diferenças nas dimensões da identidade humana. Dimensões de diversidade podem incluir raça, idade, sexo, identidade de gênero, expressão de gênero, deficiências, crenças religiosas, orientação sexual, etinia, origem nacional, status imigratório, cidadania, status socioeconômico, linguagem, perspectiva política entre outros fatores.
- Equidade: É a justa alocação de recursos, acesso e oportunidades de forma que as pessoas tenham o que precisam para ter sucesso, crescimento, contribuição e serem representadas em todas as camadas da sociedade. Equidade não se refere a providenciar recursos idênticos a todos os cidadãos, mas é sobre distribuir recursos e oportunidades baseadas nas necessidades de cada um.
- Inclusão: É o constante esforço de assegurar que as diversidades individuais tenham o mesmo acesso de qualquer um, além de envolvimento na comunidade e tomada de decisões. Como uma ação, a inclusão engloba o acolhimento, suporte, respeito e valorização de diversidades individuais e de grupo por suas únicas contribuições e perspectivas, enquanto assegura que ninguém seja excluído da participação com dignidade.
As empresas têm focado no aumento da diversidade durante as últimas décadas. No entanto, estas políticas cresceram consideravelmente após o movimento “Black Lives Matter”, criado em 2020 após diversos casos de abuso e violência policial contra pessoas negras.
Práticas do DEI
As políticas do DEI podem incluir anúncios de oportunidades apenas para grupos minoritários, como vagas dedicadas exclusivamente a mulheres ou pessoas negras, por exemplo. Além disso, o pilar da equidade tenta garantir que as empresas eliminem preferências por candidatos por terem frequentado universidades de elite.
Assim, o objetivo principal é garantir que todos os indivíduos tenham iguais condições de receber oportunidades, de forma que não dependa de fatores externos às próprias habilidades dos candidatos. Além disso, o programa também foca em diversificar as alteridades em todos os cargos corporativos e públicos.