A Groenlândia voltou a chamar a atenção de Donald Trump. Em 2019, o então presidente dos Estados Unidos ofereceu cerca de 100 milhões de dólares pela maior ilha do mundo. Agora, Trump retomou o assunto e afirmou que considera o território fundamental para a segurança nacional dos Estados Unidos. Ele chegou a mencionar a possibilidade de usar força militar para obter o controle da ilha.
Influência do aquecimento global
A Groenlândia, localizada no Ártico, tem ganhado relevância estratégica em meio ao agravamento do aquecimento global. O derretimento das geleiras na região ocorre em ritmo acelerado, cerca de três vezes mais rápido que no restante do mundo. Esse processo transformou a ilha em uma rota estratégica para o tráfego marítimo internacional.
Há poucas décadas, o período de navegação no Ártico durava, no máximo, 20 dias ao ano. Atualmente, esse período foi ampliado para quatro meses, permitindo a passagem de navios durante um tempo consideravelmente maior. Essa mudança atrai o interesse de grandes potências, como China e Rússia, que têm aproveitado as novas rotas para expandir seu comércio marítimo e sua presença no Ártico.
Além da relevância geopolítica, a Groenlândia também desperta interesse por seus abundantes recursos naturais, incluindo minerais raros e petróleo. Para Trump, o controle da ilha poderia fortalecer a posição dos Estados Unidos no cenário internacional, tanto em termos de segurança quanto de acesso a recursos estratégicos.
Interesse de Donald Trump
As declarações de Trump geraram debates sobre a soberania da Groenlândia, que é uma região autônoma sob jurisdição da Dinamarca. O governo dinamarquês já rejeitou qualquer possibilidade de venda da ilha, enfatizando sua importância histórica, cultural e ambiental.
O interesse renovado de Trump pela Groenlândia ressalta a crescente disputa por influência no Ártico, uma região que, além de ser fundamental para o equilíbrio ambiental global, está se tornando um foco de rivalidade entre as potências mundiais.