Grupo passa 36 horas cercado por jacarés após queda de avião na Bolívia
Nesta sexta-feira, 2 de maio, cinco pessoas foram resgatadas na Amazônia boliviana após sobreviverem à queda de um avião de pequeno porte. O grupo, formado por três mulheres, uma criança e o piloto, passou aproximadamente 36 horas preso em um pântano cheio de jacarés até ser encontrado por pescadores locais. Onde ocorreu o acidente O […]
Nesta sexta-feira, 2 de maio, cinco pessoas foram resgatadas na Amazônia boliviana após sobreviverem à queda de um avião de pequeno porte. O grupo, formado por três mulheres, uma criança e o piloto, passou aproximadamente 36 horas preso em um pântano cheio de jacarés até ser encontrado por pescadores locais.
Onde ocorreu o acidente
O acidente ocorreu no departamento de Beni, no nordeste da Bolívia. Apesar da situação extrema, todos foram encontrados em boas condições físicas, sentados sobre a fuselagem da aeronave virada. A informação foi confirmada por Wilson Ávila, diretor do Centro de Operações de Emergência da região.

A aeronave havia decolado de Baures com destino a Trinidad, duas cidades do centro-norte do país separadas por cerca de 180 quilômetros. O desaparecimento do avião foi registrado ainda no dia da decolagem, em 30 de abril, o que deu início às buscas por terra e ar.
Informações dadas pelo piloto
O piloto Andrés Velarde, de 29 anos, contou que durante o voo a aeronave começou a perder altitude. Ele tentou evitar uma colisão com as montanhas e procurou um local plano para pousar. A única área disponível foi um pântano próximo a uma lagoa, onde acabaram ficando cercados por jacarés. Segundo Velarde, os animais se aproximavam a menos de três metros e o grupo também avistou uma sucuri durante o período em que esperaram por ajuda.
Sem água potável e sem condições de sair dali, os passageiros conseguiram se alimentar apenas com a farinha de mandioca que uma das mulheres carregava na bagagem. O piloto relatou que o grupo mal conseguiu dormir durante o tempo em que ficou isolado.
Ainda não há uma causa oficial para o acidente. Devido à geografia e à precariedade das estradas na região, é comum que os moradores do departamento de Beni recorram a voos domésticos e táxis aéreos como forma mais rápida e segura de transporte.
