Corina Yoris seria a substituta da líder da oposição, Maria Corina Machado, nas eleições que acontecerão no dia 28 de julho desse ano. Ela deveria registrar sua candidatura até a madrugada desta terça-feira (26), provocando indignação em seus correligionários e apreensão no governo brasileiro.
Tratado de Barbados
No final do ano passado, o atual governo venezuelano de Nicolás Maduro e a oposição, assinaram o Acordo de Barbados. O documento em questão objetivava garantir um processo eleitoral democrático para o próximo pleito. A Noruega mediou as negociações.
Em janeiro desse ano, Maduro já havia colocado em cheque o tratado. “Declaro-os em terapia intensiva, apunhalados, chutados. Tomara que possamos salvar os acordos de Barbados e impulsionar, através do diálogo, grandes acordos de consenso nacional […] sem planos para me assassinar, nos assassinar ou encher o país de violência.” disse o presidente aos funcionários do alto escalão de seu governo. Nicolás recebeu denúncias de uma conspiração para assassiná-lo.
Em nota, o Itamaraty prontificou o Brasil para, juntamente com outros países, garantir a integridade das eleições presidenciais em julho. A medida tem como objetivo fortalecer a democracia na Venezuela, ao repudiar sanções que podem aumentar o sofrimento da população e isolamento do país.
Quem é Corina Yoris
Corina Yoris nasceu em 17 de março de 1944 em Caracas. Filósofa e professora universitária, possui doutorado em História. Recebeu prêmios por se destacar na educação, investigação científica, nas letras e nas artes; e também por trabalhos filosóficos.
“O mandamento das primárias é este: lutar até conseguirmos eleições limpas e livres, com o candidato que tem a confiança do povo. Se o candidato for escolhido por Maduro, isso não é eleição.”
Corina Yoris
Yoris também se destacou como professora de lógica e teoria da argumentação na Universidade de Salamanca, na Espanha, e realizou trabalhos acadêmicos sobre lógica no México.