O presidente da Argentina, Javier Milei, acusou Nicolás Maduro, líder venezuelano, de cometer um “sequestro” e chamou-o de “ditador criminoso”, após a prisão de um agente diplomático argentino na Venezuela. O incidente eleva a tensão entre os dois países e reacende o embate ideológico no cenário sul-americano.
A detenção do funcionário ocorreu na última segunda-feira (16) e foi classificada como arbitrária pelo governo argentino. Milei exige a libertação imediata e ameaça levar o caso a organismos internacionais.
“Ditador criminoso”: a postura de Milei
O presidente argentino Javier Milei, conhecido por suas declarações contundentes, não poupou críticas ao governo de Nicolás Maduro após a prisão de um agente diplomático argentino. Em pronunciamento, Milei classificou Maduro como um “ditador criminoso” e acusou o governo venezuelano de realizar um “sequestro” que desrespeita convenções internacionais.
A Argentina não irá tolerar atos desta natureza contra seus cidadãos e deplora estas práticas que contrariam os princípios do respeito à liberdade individual e à dignidade humana”, lê-se no texto:
Reação diplomática da Argentina
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina acionou formalmente organismos como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a ONU, denunciando a prisão como uma violação da Convenção de Viena, que protege agentes diplomáticos no exercício de suas funções. Autoridades argentinas também reforçaram o apelo pela libertação imediata do funcionário, enquanto classificaram o episódio como “gravíssimo”.
A Argentina sinalizou que poderá adotar medidas mais duras contra a Venezuela, incluindo o rompimento total das relações diplomáticas. Até o momento, o governo de Maduro não se manifestou oficialmente, mantendo silêncio sobre as circunstâncias da detenção.
Desdobramentos e expectativa internacional
Javier Milei, desde o início de seu mandato, tem criticado abertamente regimes autoritários, buscando alinhamento com lideranças conservadoras internacionais. Analistas afirmam que a postura do governo argentino poderá atrair apoio de países alinhados contra Maduro.
Enquanto a crise evolui, organismos internacionais como a ONU e a OEA são pressionados a intervir no caso, o que pode determinar os próximos desdobramentos da relação entre Argentina e Venezuela.