O porta-voz do governo chinês, He Yadong, informou nesta quinta-feira (24) por meio de uma coletiva de imprensa, que não há acordos entre EUA e China relacionados à política tarifária de Donald Trump.
Segundo Yadong as alegações do presidente americano em relação ao assunto, são inverídicas e pediu para o presidente Trump “ouvir as vozes racionais” ecoadas pela comunidade internacional.
He Yadong, funcionário do Ministério do Comércio, ressalta ainda, que a questão começará a ser resolvida quando os EUA suspender as tarifas impostas à China de forma unilateral.
Negociações estagnadas
Anteriormente o Ministério do Comércio da China, através de suas redes sociais, declarou que “para desatar um nó, ninguém é mais adequado do que aquele que o amarrou”, fazendo uma alusão de que foi o próprio governo americano o causador dessa situação.
Em uma sequência de publicações, o MOFCOM responde ao governo americano, informando que a China está aberta ao diálogo e que não houve negociações entre os países.
Apesar do presidente Donald Trump alegar na data de ontem, quarta-feira (23) de que mantinha diálogos diários com o governo de Xi Jinping em busca de resolver o conflito tarifário entre os dois países, essa nova declaração chinesa aumenta as tensões econômicas em escala global, desestabilizando o mercado financeiro.
Abertura comercial da China
Enquanto não há um posicionamento definitivo sobre as políticas tarifárias impostas pelos EUA e como será resolvido o conflito com o país asiático, o presidente chinês, Xi Jinping realiza acordos comerciais com diversos países. Seja na China ou diretamente em visita aos parceiros comerciais.
Presidente chinês Xi Jinping em acordo comercial com o presidente queniano William Ruto e suas respectivas esposas (Foto: reprodução/Instagram/@maoning_mfa)
Recentemente, a fim de atrair investidores estrangeiros, a Agência Reguladora de Planejamento Estatal da China diminuiu o número de empresas restritas a atuar no país. A medida visa alavancar a economia nacional gerando renda e empregos ao povo chinês.
Por meio de sua “Iniciativa Cinturão e Rota” o país asiático vem investindo bilhões de dólares em países em desenvolvimento, especialmente no Sul Global, a fim de expandir sua influência nesses países e, fortalecer acordos bilaterais e multilaterais.