O CPNU (Concurso Público Nacional Unificado), popularmente conhecido como Enem dos concursos, foi adiado pelo governo federal nesta sexta-feira (3). Prevista para o próximo domingo (5), a prova foi postergada em razão das enchentes no sul, principalmente, o estado gaúcho.
Início do empasse
Na data de ontem, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), teria pedido o adiamento nos locais impactados pelas chuvas. Até a noite, a data da aplicação da prova foi mantida, mas o governo iniciou um amplo debate sobre a situação dos candidatos daquela região.
Porto Alegre RS (Reprodução/instagran/@estadao)
Nesta manhã, os ministros do gabinete de crise discutiram duas possibilidades: adiar todo o concurso ou apenas no estado gaúcho. Qualquer uma das opções não agradaria a todos. Se mantivesse a data, deixando os candidatos do Rio Grande do Sul para outra oportunidade, os inscritos poderiam questionar os graus de dificuldades das provas de cada data. Se adiasse a data do exame em todo país, a grande maioria dos candidatos poderia entrar na justiça, reivindicando a taxa de incrição.
Decisão compartilhada
Após intensa discussão, o adiamento foi decidido em acordo entre Gestão, Defensoria Pública da União, Advocacia Geral da União e Procuradoria Geral do Estado. A ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) afirmou que o adiamento tem por objetivo preservar a integridade física das pessoas atingidas pelos efeitos das chuvas no sul e garantir a segurança jurídica da prova, para que todos os candidatos possam fazer o exame em igualdade de condições.
Sem uma data definida, podendo ser em julho ou agosto, o concurso unificado tem cerca de 2,1 milhões de inscritos. O custo do projeto é de R$ 50 milhões. Já haviam sido enviadas quase 70% das provas para os locais do exame. Espera-se que elas voltem para o lugar de origem e sirvam para o exame na nova data.