Número de migrantes mortos dobram em comparação ao ano passado

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Grande embarcação cheia de migrantes (Reprodução/Guarda Costeira Italiana/Massimo Sestini)

A agência de migração da ONU informou nesta segunda-feira (29) que desde o início do ano, cerca de 100 migrantes desapareceram ou morreram no Mar Mediterrâneo central e oriental, principal porta de entrada para a Europa de quem vem da África. O número representa mais do que o dobro registrado no mesmo período do ano passado, o que preocupa as autoridades.

Travessia da morte

Em 2021, foram registrados 2.048 desaparecimentos ou mortes no Mediterrâneo. No ano seguinte, o número subiu para 2.411. Mas o recorde foi em 2023, com 3.041 migrantes mortos ou desaparecidos na travessia da África para a Europa. A Itália era o destino da maioria dessas pessoas, que fugiam da miséria e de conflitos sangrentos no continente. No ano passado, o país recebeu 158 mil migrantes forçados. Só nestes 30 dias do ano, o número de desaparecidos e mortos na rota do Mediterrâneo beira os 100, de acordo com a Organização Mundial para as Migrações (OIM).



Conferência Itália-África

Na segunda-feira (29), foi realizada em Roma a Conferência Itália-África, que tem por objetivo o debate de temas econômicos e de migração entre o continente africano e europeu. Participaram mais de 20 líderes de países africanos e funcionários da União Europeia. A informação dos desaparecidos e mortos foi dada pela diretora-geral da OIM, Amy Pope. Ela ressaltou: “O último registro de mortes e desaparecimentos é um lembrete claro de que uma abordagem abrangente que inclua caminhos seguros e regulares. É a única solução que beneficiará tanto os migrantes como os Estados”

No começo de janeiro, cerca de 40 tunisianos que estavam de barco em direção à Itália desapareceram no Mediterrâneo central. A Tunísia já é o principal país de partida dos imigrantes que fogem do continente africano. De acordo com o Ministério do Interior da Itália, o número de migrantes forçados no país vindos da África em 2023 cresceu 50% em relação a 2022.

Estudante de Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Adora política e gosta de ouvir lo-fi hiphop enquanto escreve as matérias para o inMagazine.
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