Nesta quarta-feira (28), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann usou as redes sociais para cobrar a Justiça brasileira e pediu a prisão do ex-jogador de futebol Robinho. Na Itália, o ex-atleta foi condenado por estupro em 2013, no entanto, por residir no Brasil, sua pena ainda não foi cumprida.
“Mais do que na hora o STJ julgar e punir o estuprador Robinho! Seu fim deve ser a cadeia, assim como foi com Daniel Alves. Que o rigor da lei seja aplicado e sirva de exemplo para outros homens. Pelo fim da cultura do estupro”, escreveu a deputada federal no X nesta quarta-feira (28).
Caso Robinho
Em 2013, Robinho foi condenado, pela Justiça italiana, por participar de um estupro coletivo. No entanto, o ex-jogador recorreu a sentença diversas vezes e, em 2022, quando sua condenação entrou em trânsito em julgado, ou seja, quando a sentença final não pode ser mais recorrida por ambas as partes do processo, Robinho já havia fugido para o Brasil e, portanto, o ex-atleta nem chegou a ser preso.
Na época, a Justiça da Itália solicitou ao Brasil a extradição de Robinho para que ele pudesse pagar por sua condenação em solo italiano, no entanto, a Justiça brasileira não permite extradição de cidadãos natos. Dessa forma, o pedido passou a ser para que a pena seja cumprida em território nacional, mas, para que isso aconteça, cabe ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a validação da condenação de Robinho, decisão que, até o fechamento desta matéria, ainda não foi concluída.
Validação da sentença de Robinho no Brasil
A colunista do jornal O Globo, Malu Gaspar, apurou que o STJ marcou, para o próximo dia 20 de março, o julgamento para validação ou não da sentença que a Justiça italiana concedeu sobre o caso de Robinho. De acordo com a apuração, o relator do caso, ministro Francisco Falcão, está preparando seu voto para que a condenação que o ex-jogador teve em 2013 seja validada pela Justiça brasileira.
No entanto, vale ressaltar que a decisão será tomada por outros 14 ministros, além do relator. Por isso, Robinho somente terá sua sentença validada pela Justiça brasileira caso haja maioria de votos no STJ.