PF afirma que Bolsonaro é responsável por examinar e alterar minuta de decreto golpista

Caio Sobral Por Caio Sobral
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Foto destaque: Jair Bolsonaro (reprodução/gazetadopovo/Elaine Menke)

Nesta semana, a Polícia Federal entregou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um relatório sobre a investigação de golpe de Estado realizada nos últimos dias. No documento, a PF afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro está de fato envolvido no golpe, pelo fato de ter examinado e alterado uma minuta de decreto relacionada ao golpe de Estado.

Dados comprometedores

Segundo o relatório da Polícia Federal, durante a investigação foram colhidos dados que provam a ligação de Jair Bolsonaro à conspiração nacional, no caso mensagens rastreadas que mostravam Bolsonaro recebendo um texto relacionado ao golpe de Estado e fazendo alterações no mesmo. Ainda é afirmado no relatório que Bolsonaro, após avaliar o texto, manteve a determinação de prisão de Alexandre de Moraes, ministro da Corte.


Palácio do Supremo Tribunal Federal (Foto: reprodução/cnnbrasil/Fabio Rodrigues)

O documento analisado pela PF, que serviu de base para o relatório em questão, possui diversos indicativos de mobilização para um golpe de Estado. Uma das características deste documento, é a proposta da instauração de um estado de sítio no Brasil, significando uma suspensão temporária dos direitos e garantias dos cidadãos e sobrepondo poder Executivo sobre o Judiciário e o Legislativo.

Defesa de Jair Bolsonaro

A defesa do ex-presidente da república assegurou em nota que o mesmo não participou de qualquer decreto que alterasse o Estado Democrático de Direito de forma ilegal, afirmando que quaisquer informações divulgadas com este tipo de afirmação não refletem a verdade, além de citar que Jair Bolsonaro manifestou-se contra os atos de vandalismo ocorridos aos prédios dos Três Poderes no dia 08/01/2023.

Enquanto eram cumpridos os mandados de prisão e busca e apreensão na última semana, a PF elencou diversas conversas sobre o assunto em questão. Uma das conversas apuradas pelas autoridades é a de Mauro Cid e Freire Gomes em dezembro de 2022. Esta troca de mensagens, para a Polícia Federal, confirma a existência do decreto analisado e ajustado por Jair Bolsonaro.

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