Na noite desta quinta-feira (21), o ex-jogador Robinho foi preso pela Polícia Federal, em Santos, pela acusação de estupro coletivo na Itália, em 2013. De acordo com Luis Bacci, da TV Record, Robinho está em uma viatura a caminho da delegacia. O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) o condenou a nove anos de prisão.
Assinada oficialmente nesta quinta-feira (21) pela presidente Maria Thereza de Assis Moura, a condenação do ex-jogador de futebol Robinho estava nas mãos da Justiça Federal de Santos, visto que a cidade é a residência atual do ex-atleta.
No documento, o STJ alega que Robinho deve cumprir os nove anos de prisão da qual foi sentenciado ainda na Itália – local onde foi condenado por crime de estupro. Na última quarta-feira (20), o órgão já havia validado o pedido de prisão do jogador por meio de uma votação entre ministros.
Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, foi condenado pelas autoridades italianas em 2013 após ser acusado de participar de um estupro coletivo de uma jovem de 23 anos. O caso ocorreu em uma boate em Milão, durante a época na qual o jogador integrava o time de futebol europeu Milan.
Qual o próximo passo do STJ para o caso
No momento, deverá ser entregue para a Justiça de Santos a cópia da certidão do julgamento, contando ainda uma versão traduzida da decisão da corte italiana.
Condenado como culpado em primeira instância ainda em 2017 na Itália, Robinho mudou-se para o Brasil antes mesmo da condenação. Desta forma, o ex-atleta conseguiu viver em liberdade, visto que no país a Constituição Federal não permite que brasileiros natos sejam extraditados.
O pedido de extradição ocorre quando um Estado pede para que o indivíduo seja sendo julgado criminalmente em seu país de origem por um crime que tenha cometido no exterior. Em 2023, a justiça italiana pediu, desta vez, para que o jogador cumprisse a pena em no Brasil e outro processo foi aberto.
O que diz Robinho e sua equipe de defesa
Em suas redes, Robinho compartilhou um longo depoimento no qual ainda nega as acusações de estupro firmadas pelas autoridades e afirma que a justiça italiana “cometeu erros gritantes e gravíssimos durante todo o meu julgamento.”
Além disso, ainda nesta quinta-feira (21), os advogados do ex-atleta acionaram o Supremo Tribunal Federal para que a prisão instantânea de seu cliente fosse evitada. No entanto, o próprio STJ afirmou que estes tipos de recursos de ajuda não impedem que o mandado de prisão seja realizado.