São Paulo pode implementar IA para aprimorar material didático

Carlos Enriki Por Carlos Enriki
3 min de leitura
Professora ensinando com Robo (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Maskot)

O governo do estado de São Paulo está avançando em sua iniciativa pioneira de implementar uma plataforma de Inteligência Artificial (IA) para aprimorar o material didático utilizado por professores do ensino fundamental e médio. O projeto-piloto, liderado pela Secretaria Estadual da Educação, visa integrar a IA, exemplificada pelo ChatGPT, para enriquecer as aulas já em uso.

IA como ferramenta para potencializar ensino

Conforme a Secretaria, as aulas, elaboradas pelos professores curriculistas em 2023, servem como base para essa inovação. O objetivo agora é atualizar e enriquecer esse conteúdo com novas atividades, exemplos práticos e informações adicionais que ampliem a compreensão dos conceitos-chave em cada disciplina.

É importante ressaltar que os educadores continuarão a desempenhar um papel central no processo. A IA será utilizada como uma ferramenta para potencializar o ensino e a aprendizagem, não para substituir os professores. Bernardo Soares, professor e pesquisador de educação e tecnologia, destaca que a análise subjetiva dos professores é insubstituível, sendo eles os mediadores do conteúdo.

O professor será insubstituível

Contudo, a iniciativa não está isenta de críticas. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) expressou preocupações, chamando a substituição de professores por IA de “escárnio”. Eles argumentam que a IA, por si só, é propensa a erros e associações equivocadas de informações, podendo comprometer a qualidade do material educacional.


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Crianças com óculos VR no ensino fundamental (Foto: Getty Images Embed/Sritanan)


Porém, o governo defende a abordagem. O governador Tarcísio de Freitas enfatizou que a IA será um facilitador, não um substituto, e reiterou que o papel do professor é insubstituível na sala de aula.

O processo de implementação envolve várias etapas de revisão, incluindo a avaliação e edição do conteúdo pela equipe de professores curriculistas, revisão de direitos autorais e intervenções de design. A Secretaria da Educação está comprometida em testar essa abordagem de forma criteriosa, priorizando a qualidade do ensino.

Atualmente, a equipe de professores curriculistas da Seduc-SP está trabalhando nesse projeto, que visa modernizar o material educacional e potencializar as estratégias de ensino. O sucesso dessa iniciativa pode abrir novos caminhos para a integração da tecnologia no setor educacional, mantendo sempre o professor como protagonista do processo de ensino-aprendizagem.

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