Adoçantes artificiais: estudo aponta o risco de derrame e infarto

Gabriel Gomes Por Gabriel Gomes
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O consumo de adoçantes artificiais é um fator para a ocorrência de doenças cardiovasculares, de acordo com o estudo da Universidade de Sarbonne, publicado na terça-feira (6), na revista científica “BMJ”.

As doenças cardiovasculares são aquelas que envolvem os vasos sanguíneos, afentando o coração (infarto e angina), os membros (trombose) e o cérebro (derrame).


Estudo aponta sobre os riscos do uso de adoçantes artificiais (Reprodução/Dehon)


No estudo, que envolveu mais de 100 mil pessoas na França, os pesquisadores concluíram que existe uma conexão direta com três tipos de adoçantes articiais: aspartame, acessulfame de potássio e sucralose) com a incidência aumentada das doenças cardiovasculares.

A segurança no consumo dos adoçantes passaram a ser um alvo de debates no meio cientúfico e os estudos seguem sobre o papel dos substitutos do açúcar. A maioria dos estudos demonstraram efeitos adversos e poucos foram o que apontaram resultados neutros ou benéficos.

A metodologia desse estudo não estava com foco em desvendar como os adoçantes causam doenças, mas em mostrar se eles estavam presentes na dieta das pessoas que mais sofreram com doenças cardiovasculares.

Os pesquisadores ressaltam que os adoçantes não são uma alternativa saudável ou segura do que a ingestão de açúcar.

“Os resultados sugerem que os adoçantes artificiais podem representar um fator de risco alterável para a prevenção de doenças cardiovasculares. Os achados indicam que esses aditivos alimentares, consumidos diariamente por milhões de pessoas e presentes em milhares de alimentos e bebidas não devem ser considerados uma alternativa saudável e segura ao açúcar, em consonância com o posicionamento atual de diversos órgãos de saúde”, afirmam os pesquisadores.

O estudo foi realizado por 103 mil adultos, com uma média de 42 anos. Lançado em 2009, na França, ele seguiu em execução até 2021. Cada um dos participantes indicaram alimentos e bebidas consumidos em todas as refeições, durante três dias da semana. Depois dos dois primeiros anos, foi calculada a média de cada pessoa para obter dados sobre a dieta consumida.

No grupo que consumiu adoçantes, o risco de doença cerebrovascular foi de 195 a cada 100 mil pessoas, enquanto o númerio caía de 150 por 100 mil para quem não consumia.

A ingestão de aspartame ficou associada ao aumento do risco de eventos cerebrovasculares com 186 por 100 mil, eunquanto a sucralose foi ao aumento do risco de doença coronariana de 271 por 100 mil, enquanto quem não consumia era de 161 pela mesma quantidade.

 

Foto destaque: Açúcar ou adoçante para adoçar o café? Reprodução/Instagram

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