A suspensão das restrições chinesas em combate ao novo coronavírus causou um drástico aumento do número de casos e isso causou raiva e euforia nas redes sociais por parte da população chinesa.
No país está correndo escassez de kits de teste rápido e províncias chinesas, como Zhejiang, Anhui e Chonqing, estão implementando novas medidas permitindo que pessoas assintomáticas ou com sintomas fracos de covid-19 possam retornar suas atividades no trabalho.
Na rede social Weibo, rede social parecida com o Twitter na China, a população levantou a hashtag relacionada ao anúncio sobre o retorno ao trabalho e já foi lida 33 milhões de vezes desde a sua divulgação, na segunda-feira passada (19/12). A reação das pessoas é de muito espanto e raiva.
Em um dos comentários que teve 200 curtidas o internauta dizia: “Não houve preparação nos últimos três anos, e, de uma hora para outra, as restrições são suspensas, e você é autorizado a ir trabalhar doente. Nossas vidas são inúteis, como a das formigas”, declarou indignado.
População chinesa (Foto: Reprodução/Instagram)
Os comentários da população continuaram uma pessoa disse que apenas alguns meses atrás, as pessoas estavam sendo presas caso fossem ir trabalhar com o teste positivo. Até os chineses residentes no exterior que retornaram ao país ficaram incrédulos ao descobri a rapidez que o vírus tem se espalhado na região.
“Nunca havia tido covid nos últimos anos enquanto morava no exterior, mas peguei dias depois de voltar…Todo mundo que conheço está pegando covid e tendo febre por isso, se você puder ficar fora do país por um tempo, não volte”, escreveu outro internauta na rede social, Xiaohongshu, plataforma popular na China.
O jornal independente South China Morning Post divulgou na semana passada que estava ocorrendo protestos entre os estudantes de Medicina, alegando cansaço, exigindo mais proteção na linha de frente e melhores pagamentos. Porém, as manifestações não foram mencionadas pela imprensa estatal que ignoraram o ocorrido.
Foto Destaque: Morador chinês. Reprodução/CNN