Na procura por um diagnóstico, a cantora Simony confirmou o câncer de intestino, que foi realizado pelo exame de colonoscopia. Sem apresentar sinais ou sintomas, o procedimento é realizado tanto para o diagnóstico ou para prevenção do câncer.
A cantora demonstra muita confiança no tratamento em suas redes sociais. (Foto: Reprodução/Bahia no Ar)
O exame é recomendado para pessoas com 50 anos ou mais, que tenha histórico pessoal ou familiar de câncer de intestino, doenças no intestino ou síndromes genéticas.
“Como está cada vez mais comum esse câncer em pacientes mais jovens, já se fala em idades mais precoces, como 45 anos. A tendência é diminuir a idade com que esse exame é feito de rotina”, comentou o oncologista Rafael Zapata.
Além do procedimento, é possível descobrir tumores de cólon e reto, que são ligados ao câncer de intestino, por meio de sangue oculto nas fezes e retossigmoidoscopia – endoscopia específica para a parte final do intestino grosso.
Para Raphael Brandão, chefe da Oncologia do Hospital Moriah e fundador da clínica First, a pesquisa de sangue oculto nas fezes é pouco realizado no Brasil, mas seria adequado, e também alerta para possíveis falsos positivos.
“Se vem negativo sangue oculto nas fezes é bastante provável que não tenha absolutamente nada. Agora, se vem positivo, não necessariamente é um câncer, mas é algo que nos leva a fazer a colonoscopia.”
A colonoscopia é um exame para análise do intestino grosso (cólon), do reto e do canal anal. Sob sedação, ele é preparado por laxantes e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Quando é encontrada uma lesão suspeita, é realizada a biópsia para a retirada de um pequeno fragmento para fazer a análise laboratorial. Além do diagnóstico de câncer, o exame é realizado para checar inflamação do intestino, detectar divertículos ou outras condições benignas.
Para os especialistas, o diagnóstico precoce do câncer é essencial para o sucesso do tratamento. Além dos exames de rotina, precisa estar atento aos sinais mais comuns do câncer de intestino: sangramento nas fezes, dor ao evacuar, constipação ou diarreira, massa abdominal, perda de peso e anemia, dor abdominal e mudança do hábito intestinal.
Com o câncer confirmado, o tratamento pode passar pela quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Com a combinação dos tratamentos, a chance de cura é de 70 a 85% dos casos.
Foto destaque: A cantora Simony. Reprodução/Marcus Leoni/Folhapress
