Como o uso do álcool prejudica o cérebro

Andrea Loureiro Por Andrea Loureiro
2 min de leitura

Um estudo publicado na Nature na última sexta-feira, (04), aponta que uma dose diária de álcool é suficiente para redução do volume do cérebro. 

Para a realização da pesquisa, que contou com o público alvo de adultos de meia idade e idosos com ascendência européia, foram analisadas quase 37 mil imagens cerebrais. A pessoas relataram o consumo diário que variou de baixo, com uma ou duas doses, a alto, com doses superior a quatro. A análise das imagens, mostrou uma negatividade ao volume do cérebro.

A pesquisa estipulou em seu estudo que, duas unidades de álcool equivaliam a uma lata de cerveja ou uma taça de vinho,  e que uma unidade de álcool, equivalia a uma dose única de destilados.

Quanto maior o consumo de álcoool, piores são as consequências, é o que afirma Remi Daviet, primeiro autor do estudo e professor assistente de marketing na Wisconsin School of Business da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA). 


Bebidas alcoólicas. Reprodução/Divulgação: Ufrgs.br


Um exemplo é que com duas unidades diárias de álcool, o cérebro já apresenta alterações na macro e microestrutura. Com três unidades diárias, já apresenta redução na massa branca e cinzenta. Isso causa um envelhecimento aparente no cérebro equivalente a três ou cinco anos. Com 4 unidades diárias de álcool ou mais, o cérebro já aparenta um envelhecimento de dez anos. 

Vale lembrar que o estudo foi limitado a uma determinada faixa etária, numa única região e que o consumo relatado pelas pessoas é referente apenas ao ano anterior ao da pesquisa. Não foram analisadas também, pessoas com diagnóstico de abuso de álcool. 

Com a interrupção do consumo em pessoas com o distúrbio, estudos realizados anteriormente, mostraram que o cérebro pode se recuperar, mas não de forma completa. Isso pode variar de acordo com a idade e o gênero da pessoa. Um diagnóstico anterior alteraria os resultados. Isso mostra que mais pesquisas são necessárias.

 

Foto destaque: Vinho. Reprodução/Divulgação: eurodicas.com.br

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