O açafrão é uma especiaria que foi trazida pelos indianos e passou a ser utilizada na culinária brasileira. Com sabor marcante, ele pode ser utilizado para pratos salgados e também doces, como explica Dra. Gabriela Abdo Camargo, nutróloga e endocrinologista:
“Na dieta, use o tempero em pó à vontade em sopas, pães, bolos, biscoitos, omeletes e tapiocas. Além disso, também não há restrição para o uso em aves, carnes e cozidos, legumes, arroz, feijão, ervilha etc. A versão em pó ainda pode ser utilizada em sucos e polvilhada em saladas e sopas.”
O que muitos não sabem é que esta especiaria pode ser considerada medicinal e faz parte da mesma família do gengibre. A planta asiática possui inúmeros ativos que beneficiam a saúde de quem a consume. “Essa especiaria também atua como medicamento natural e fitoterápico, um poderoso suplemento alimentar e dietético”, afirma a especialista.
O açafrão é produzido a partir do estigma de uma flor. (Foto: Reprodução/Istock Getty Images)
Dra. Gabriela deixou quatro motivos para você incluir a especiaria na sua alimentação:
Fortalece o coração – o uso reduz o acumulo do colesterol “ruim”. Com a redução, diminui as chances de infarto ou derrame, protegendo, assim, o coração. Recentemente, a ciência descobriu que a curcumina presente no açafrão diminui as chances de insuficiência cardíaca.
Combate o envelhecimento – Dr. Gabriela revela que algumas propriedades da erva, como os carotenoides, crocina e safranal, são antioxidantes e combatem os radicais livres. Isso faz com que seu uso combata o envelhecimento precoce.
Previne diabetes – a nutróloga revela que estudos feitos com dois grupos de pré–diabéticos mostrou que, no fim de 09 meses de teste, o grupo que fez uso do açafrão não evoluiu para diabetes tipo 2. Sendo assim, seu uso é eficaz no combate à evolução da doença.
Anti-inflamatório – o extrato de açafrão possui propriedades anti-flamatórias. O uso contínuo aumenta a resistência das células contra os danos oxidantes, reduzindo as ações inflamatórias do organismo. Além disso, seu uso reduz a proliferação de bactérias, fungos e parasitas.
“Um dos seus principais compostos ativos é a curcumina. O seu mecanismo de ação anti-inflamatória age na cascata do ácido araquidônico, ou seja, na cascata da inflamação, inibindo as moléculas envolvidas no processo inflamatório. Esta inibição se dá de forma modular e, por isso, envolve diversos fenômenos biológicos que interferem nas ativações celulares e nos sinalizadores moleculares, denominando a atividade terapêutica anti-inflamatória”, completa a especialista.
A profissional, entretanto, alerta sobre o uso do açafrão em gestantes, lactantes e em crianças:
“vale lembrar que o açafrão é contraindicado durante a gravidez, lactação e para crianças menores que quatro anos de idade”, finaliza a Dra. Camargo.
Foto destaque: Açafrão. Reprodução/Portal Concordia