Fábrica de mosquitos promete redução de casos de dengue, Zika e chikungunya

Raphael Klopper Por Raphael Klopper
3 min de leitura

Como já costumeiro no Brasil, ainda mais nas temporadas quentes, a alta transmissão de dengue, chikungunya, e Zika pelo mosquito Aedes aegypti se tornou um grave problema de saúde pública que toma domínio anualmente. Porém, a ONG World Mosquito Program (WMP), em uma nova parceria sendo realizada com a Fiocruz, prometem trazer uma possível solução desse problema.  Junto a isso, as organizações devem vir a construir uma biofábrica onde será produzido por volta de 5 bilhões de mosquitos imunes a arboviroses, anualmente!

A idéia é que esses mosquitos sejam infectados com a bactéria do gênero Wolbachia, que deve impedir a transmição dos vírus causadores da dengue, da chikungunya, do zika e até da febre amarela. Quando esses insetos imunes forem liberados em locais onde o A. aegypti é endêmico, eles poderão se reproduzir com mosquitos selvagens e passarão o microrganismo para a prole, fazendo com que a transmissão reduza em seu nível de eficácia.


Mosquito Aedes aegypti (Fotos: Reprodução / VEJA)


A tecnologia para que isso se torne realidade foi desenvolvida em Melbourne, na Austrália, e já foi implantada em 12 países onde se mostrou segura tanto para humanos quanto para os próprios mosquitos, do ecossistema, e claro, seguro para o meio ambiente. Esses testes chegaram a ser realizados no Brasil em 2014, onde os mosquitos infectados com a bactéria protetora foram liberados em grandes cidades como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande e Petrolina.

Em destaque, uma das primeiras cidades onde se realizou o experimento foi Niterói no estado do RJ, o que levou os casos de dengue, chikungunya e Zika a reduzirem em níveis de 76%, 56% e 37%. A ANVISA já havia aprovado o método em 2022, o que autoriza a compra e financiamento da tecnologia pelas instituições federais comprem e financiem a tecnologia. 

O orçamento da investida na biofábrica ficará na casa dos R$100 milhões onde serão financiados pela WMP e pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná em conunto, prometendo viabilizar a expansão do método por todo o Brasil. Os altos gastos devem receber um ressarcimento em efeito pois, segundo as previsões, todo o investimento resultará em uma economia de redução de gastos médicos e todo custo de implementação desses trabalhos.

Foto Destaque: Mosquito Aedes aegypti. Reprodução / G1

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