Férias e festas de fim de ano exigem atenção especial à saúde das crianças, alerta pediatra

Editoria Imag Por Editoria Imag
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Com a chegada do verão e o início das férias escolares, a vida das crianças adquire uma dinâmica completamente diferente. E é nesse período, que deveria ser de descanso e divertimento, que acidentes e problemas de saúde envolvendo os pequenos se tornam mais comuns. Estima-se que o número de acidentes domésticos, por exemplo, aumente cerca de 25% durante as férias, já que as crianças passam mais tempo em casa e, por vezes, ficam sem supervisão. Além disso, a temporada de verão também favorece o aparecimento de algumas doenças, como gastroenterites e insolação. Por essas razões, é importante redobrar os cuidados com as crianças, como alerta a pediatra Drª. Roberta Castro.

A médica destaca que, nessa época do ano, “muitos são os vilões”. Ela explica que, para reduzir o risco de acidentes com brinquedos, é muito importante que os pais prestem bastante atenção na idade recomendada para cada item que as crianças ganham nas festas de fim de ano. Além disso, os responsáveis devem dar preferência aos brinquedos que tenham sido aprovados pelo Inmetro. Desse modo, é possível evitar que as crianças engulam baterias e outras peças pequenas.

Ela ainda lembra que “cozinha e área de serviço não são lugares que combinam com crianças”. Assim, é sempre importante deixar medicamentos produtos químicos fora do alcance delas, além de impedir que os pequenos se aproximem do fogão. Em relação aos alimentos, também é preciso tomar cuidados. Comidas que podem provocar engasgos, como pipoca, amendoim ou doces muito moles, por exemplo, só devem ser oferecidos às crianças com mais de quatro anos. Além disso, é importante que os pais evitem dar alimentos muito pesados e tenham atenção especial à higiene dos alimentos.

Drª. Roberta Castro pontua que é muito importante também ter cuidado com piscinas ou praias, onde podem ocorrer acidentes e afogamentos. Nesses locais, as crianças precisam sempre ter a supervisão de um adulto. “Nunca se deve deixar uma criança cuidando de outra”, afirma. Quanto aos passeios, é preciso conferir com antecedência se há estrutura e equipamentos de segurança adequados para crianças no local que se pretende visitar.

Outros fatores que exigem cuidado durante as férias são a exposição ao sol e ao calor. “Nessa época do ano, a insolação e as queimaduras solares são grandes causadoras de idas à emergências”, afirma a pediatra. Bebês com menos de seis meses, por exemplo, não podem usar filtro solar. Por isso, os cuidados com a exposição deles ao sol devem ser dobrados. “Recomenda-se o uso do filtro solar no bebezinho a partir dos seis meses, bem como o uso de roupas com proteção ultravioleta”, explica. Também é necessário evitar a exposição ao sol nos horários em que a radiação é mais intensa. Para evitar desidratação, as crianças também precisam beber bastante água. Já os recém-nascidos que só mamam precisam ser amamentados com mais frequência.

Algumas viroses também podem se espalhar mais no verão, de acordo com a Drª. Roberta Castro. Para escapar do contágio, algumas medidas importantes são evitar locais aglomerados, manter o ar condicionado com filtro limpo e numa temperatura entre 23 e 26 graus e lavar o nariz da criança com soro fisiológico. Já para evitar as gastroenterites, que causam diarreia ou vômitos e também são frequentes nessa época, é muito importante que os pais se atentem para a lavagem das mãos e para a qualidade da água que é consumida.

Drª. Roberta acrescentam que os pais precisam levar a criança a um médico se houver febre que não baixa com uso de remédios ou que dura mais de 5 dias. Além disso, é importante procurar atendimento se a criança estiver vomitando muito e não conseguir beber líquidos, se não urinar por mais de seis horas ou se tiver qualquer dificuldade para respirar. Manchas na pele, irritabilidade excessiva ou apatia (mesmo que sem febre) também são sinais de alerta que podem indicar a necessidade de visita a um pediatra.

Foto Destaque: Reprodução

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