Jovens entre 18 e 24 anos estão com excesso de peso, segundo Ministério da Saúde

Isabela Nicomedes Por Isabela Nicomedes
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Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de excesso de peso nos brasileiros aumentou para 35,71, em 2021, se comparada com 2006, quando o dado era próximo a 21%. A informação é do sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, e aponta também o crescimento do sobrepeso nas pessoas de 25 a 34 anos, em que saiu de 37,67% para 54,41%.

Segundo o professor titular do Instituto de Nutrição Josué de Castro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gilberto Kac, o sobrepeso é um problema que aumenta a cada ano.

Observamos que esse obstáculo cresce cada vez mais em países desenvolvidos, como no Reino Unido e Estados Unidos, mas, nos últimos anos, vemos isso principalmente em países subdesenvolvidos e de baixa renda, como o Brasil”, diz ele, além de falar da gravidade dos casos. “Não tem dúvida que o excesso de peso e obesidade são problemas graves. Eles podem gerar diabetes, hipertensão, vários tipos de câncer, problemas osteoarticulares e cardiovasculares”.


Pessoas de 35 anos engordaram acima da média em todos os anos. (Foto: Reprodução/Pixabay)


De acordo com o nutricionista, Gilberto Kac, o problema que acomete os mais velhos pode aparecer nos jovens, como em casos de sedentarismo. Nos adultos, o sobrepeso aumentou conforme os anos, como nos indivíduos de 45 a 54 anos, em que a taxa foi de 54,74% para 64,39%, em 2021, segundo dados do Ministério da Saúde. No âmbito geral, no país era 42,74% da população acima do peso, em 2021, era de 57,25%.

Os fatores desses aumentos na maioria das faixas etárias, são diversos para o professor Gilberto Kac:

Existe uma questão de poder aquisitivo e de acesso. Há vários conglomerados industriais que pressionam esses indivíduos, por meio do marketing, para fazer o consumo de produtos ultraprocessados, como biscoitos e refrigerantes, e outros itens com características de baixo custo”.

De acordo com a economista e professora do Ibmec, Vivian Almeida, o problema do excesso de peso pode afetar a economia nacional. “É um processo e um problema instigante, que pode afetar o PIB do país. A economia somos nós. A pessoa é a economia. Se a saúde da pessoa não estiver boa, nada estará 100%”. A economista diz ainda que os jovens são as fontes de energia e que o físico faz parte disso, desde do trabalho braçal até o intelectual.

Foto destaque: Reprodução/Thinkstock/VEJA

 
 
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