Miocardite: o risco é sete vezes maior com a Covid-19 do que com a vacina

Suelem Oliveira Por Suelem Oliveira
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Um estudo realizado por cientistas da Penn State College of Medicine, nos Estados Unidos, identificou que o risco de desenvolver miocardite (inflamação das paredes internas do coração) é sete vezes maior com a infecção da Covid-19 do que a vacina contra a doença.

Os sintomas da miocardite podem apresentar dores no peito, falta de ar ou batimentos cardíacos irregulares e em casos mais graves a inflamação pode levar à insuficiência cardíaca e a morte. A médica Navya Voleti que é residente na Penn State College of Medicine, explicou que no futuro será importante monitorar os potenciais efeitos a longo prazo naqueles que desenvolvem miocardite.

Apesar de, as vacinas terem demonstrado resultados satisfatórios na redução dos sintomas graves da Covid-19, o estudo tem extrema importância para rebater exageros propagados durante a pandemia. Na ocasião, complicações cardíacas foram associadas a vacina à base de RNA mensageiro (mRNA), como a da Pfizer (particularmente em episódios de miocardite em adolescentes).

Em 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alertou sobre o risco de miocardite e pericardite pós-vacinação, porém a divulgação não se apoiava em grandes estudos, apenas em casos isolados, assim como outras notícias divulgadas na época.


Representação da miocardite no corpo humano. (Foto: Reprodução/Instagram)


A pesquisa realizada pela equipe da Penn State é a maior e mais renomada no gênero, foram 22 estudos publicados em todo o mundo entre dezembro de 2019 a maio de 2022. Os documentos contam com quase 58 milhões de pacientes que relataram complicações cardíacas e pertenciam aos 55,5 milhões que foram vacinados contra Covid-19 em comparação com os que não foram vacinados e os 2,5 milhões que contraíram o vírus em comparação com os que não contraíram.

 “A infecção por Covid-19 e as vacinas relacionadas representam um risco de miocardite. No entanto, o risco relativo de inflamação cardíaca induzida pela infecção é substancialmente maior do que o risco representado pelas vacinas”, explicou Paddy Ssentongo, principal autor do estudo.

Na pesquisa foi comparado separadamente o risco de miocardite para várias vacinas da Covid-19. Sendo elas, Pfizer, Moderna, Novavax, AstraZeneca e Janssen. Os pacientes que foram diagnosticados com miocardite apenas 1,07 % foram hospitalizados e 0,015 % morreram.

 

Foto Destaque: Vacina contra a Covid-19. Reprodução/Instagram

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