O mal de Parkinson pode ser detectado através do odor do paciente

Felipe Yamauchi Por Felipe Yamauchi
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A enfermeira escocesa, Joy Milne, 72 anos, tem uma condição chamada de Hiperosmia, ou seja, ela consegue identificar os diversos tipos de cheiros que existem no mundo, como os perfumes que as pessoas usam nas ruas entre outros. Graça a essa condição, ela começou a estranhar um odor diferente em seu marido e doze anos depois ele foi diagnosticado com o mal de Parkinson.

O cheiro que não era comum no homem, tinha um aspecto almiscarado. Cerca de dez anos depois, de Joy começar a sentir esse odor diferente, o seu parceiro teve o diagnóstico da doença e desde então ela foi convocada para participar de estudos que ajudem a criar determinados testes que possam detectar a doença de forma preventiva.

Em 2012, ela foi chamada para sentir o cheiro da camiseta de pessoas que poderiam desenvolver essa doença e de pessoas saudáveis. O resultado mostrou que ela acertou quem eram os doentes, tanto que um deles teve o diagnóstico positivo para o Parkinson oito meses depois desse estudo.


Foto: Pessoa que sofre com o mal de Parkinson/ Reprodução: INPA-Instituto de Psicologia Aplicada


Os pesquisadores entenderam que a pessoa que pode sofrer com esse mal, passa a ter uma pequena mudança no líquido de revestimento da pele e quem tem a Hiperosmia, pode sentir essa mudança. Por isso, os cientistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, estão trabalhando para criarem um teste de diagnóstico.

Uma das formas é passar um instrumento que sirva para recolher amostras de suor da parte de trás do pescoço dos pacientes e depois, ser feita uma análise detalhada para que o reconhecimento desse elemento seja confirmado. Os estudos ainda estão no começo, mas até agora a equipe já está satisfeita com os resultados obtidos.

Ainda não há um teste que possa diagnosticar previamente o mal de Parkinson. Ela só é confirmada após uma série de exames clínicos e também depois de ser conhecido o histórico do paciente e se ele já apresentou algum sintoma. Para Joy, quanto mais cedo houver a confirmação, mais eficiente o tratamento pode ser além de proporcionar um estilo de vida mais consciente e saudável ao doente.

Foto Destaque: Pessoa sofrendo com o mal de Parkinson tentando segurar um garfo/ Reprodução: Hospital Anchieta

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