O que é vaginismo? Saiba como ele atrapalha a saúde feminina

Edson Barbosa Por Edson Barbosa
3 min de leitura

Essa disfunção sexual feminina ocorre, e inclusive, pode afetar mulheres no puerpério e aquelas que já têm a vida sexual ativa. Podemos falar que a normalização da dor durante a relação sexual já não é mais recebida quando o assunto é sobre sexualidade feminina. Ao contrário do que de uma forma cultura as mulheres cresceram ouvindo, agora sabemos que o desconforto no ato de sexual pode estar associado a uma disfunção com diagnóstico, tratamento e nome já conhecidos: o vaginismo.

“O vaginismo é uma contração involuntária dos músculos que ficam próximos ao canal vaginal, dificultando uma penetração. Seja ela na hora de uma relação sexual ou mesmo para a realização de um exame ginecológico que ficam próximos ao canal vaginal, dificultando uma penetração. Seja ela na hora de uma relação sexual ou mesmo para a realização de um exame ginecológico”, explica Débora Pádua, fisioterapeuta pélvica especializada em vaginismo.


Vaginismo sexual feminino pode atrapalhar a mulher. Foto destaque: (Reprodução/Carol Yepes/Getty Imagens)


A mulher que apresenta uma disfunção sexual, acaba sofrendo com dores (ou simplesmente uma contração involuntária da vagina) durante qualquer tentativa de penetração. “Algumas pacientes, inclusive, sentem como se o seu canal vaginal não existisse e não houvesse espaço para introduzir algo dentro”, revela a fisioterapeuta. 

“Algumas pacientes, inclusive, sentem como se o seu canal vaginal não existisse e não houvesse espaço para introduzir algo dentro”, revela a fisioterapeuta. 
 
O que pode leva às contrações involuntárias?

É importante saber que não há como generalizarmos a disfunção. A especialista diz que as causas são complexas, podendo ser fruto de experiências envolvendo abuso sexual  comportamento psicológico controlador e, por fim, alterações anatômicas do próprio canal vaginal. Sabendo disso é importante considerarmos que a paciente também pode ser afetada por algum tipo de memória de dor passada.

“Às vezes, depois de experimentar uma aflição muito grande – como um exame ginecológico traumático (com um profissional que não é tão cuidadoso) ou nas primeiras relações sexuais com penetração -, essa mulher acaba registrando ali uma memória de dor”, completa Débora.

Dentro dessa condição, há também aqueles casos chamados de vaginismo secundário. Eles ocorrem geralmente após algum episódio de dor (como infecções ou inflamações do local), em que a mulher continua a reproduzir as as memórias do desconforto sentido e provocando novos incidentes de agonia.

“Qualquer mulher, em qualquer idade e mesmo com a vida sexual já ativa, pode desenvolver o vaginismo”, diz a fisioterapeuta.

 

Foto destaque: Reprodução/Pathdoc/Shutterstock

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