Queda em idosos: o que é preciso saber

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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Quedas são um problema alarmante que afeta a população idosa em todo o mundo. Segundo a médica geriatra Julianne Pessequillo, uma em cada três pessoas com mais de 65 anos vai sofrer uma queda, sendo que cerca de 5% delas precisarão ser hospitalizadas devido a fraturas e traumatismos cranianos. A especialista destacou a importância de compreender os motivos por trás desse fenômeno e discutiu as principais medidas preventivas que podem ser adotadas.

“O risco de queda aumenta significativamente com o avanço da idade”, ressaltou a especialista. “Entre os idosos com mais de 80 anos, aproximadamente 40% sofrerão quedas ao longo do ano, podendo chegar a 50% para aqueles que residem em instituições. Além disso, uma queda anterior aumenta em 60% a probabilidade de ocorrência de uma nova queda.”

As quedas são consideradas fatores de risco para lesões físicas, distúrbios emocionais e diminuição da mobilidade e independência. A dra. Julianne Pessequillo alerta: “Embora muitos acreditem que as quedas sejam normais no processo de envelhecimento, elas devem ser encaradas como um sinal de alarme e atenção. A queda não é inevitável e pode ser evitada com medidas adequadas.”

Segundo a médica, além da fragilidade decorrente do próprio envelhecimento, as quedas podem ter diversas causas. “Entre os fatores intrínsecos aos idosos, destacam-se a idade avançada, o histórico de quedas anteriores, a baixa aptidão física, a fraqueza muscular e alterações no equilíbrio e na marcha. O uso de medicamentos sedativos e a polifarmácia também são considerados fatores de risco”, explicou a especialista.

Quanto ao ambiente externo, a dra. Julianne ressaltou a importância dos cuidados domiciliares: “O piso escorregadio, o uso de calçados inadequados, a presença de móveis e objetos espalhados pela casa, tapetes sem antiderrapantes, banheiros sem barras de apoio e iluminação inadequada contribuem para aumentar o risco de quedas.”

Para a prevenção, a médica enfatizou a importância de um estilo de vida saudável, com atividades físicas regulares. “Caminhadas, alongamento e musculação podem melhorar a flexibilidade, o equilíbrio e a força muscular, reduzindo o risco de quedas”. Ela também ressaltou a necessidade de revisar os medicamentos utilizados e adequar o ambiente domiciliar, como a instalação de corrimãos e barras de apoio, além de usar calçados adequados.

Em caso de queda, Pessequilo orientou: “Se não houver lesões graves, é importante encorajar o idoso a se levantar com segurança e procurar assistência médica para um acompanhamento adequado. No entanto, se houver suspeita de fraturas ou lesões mais sérias, é fundamental acionar imediatamente o serviço de emergência.”

A conscientização sobre os riscos de quedas na terceira idade e a implementação de estratégias preventivas são cruciais para promover a saúde e o bem-estar dos idosos. Com medidas adequadas, é possível reduzir significativamente o número de quedas e preservar a autonomia e a qualidade de vida dessa população tão importante.

Foto Destaque: Reprodução

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