Mais de 6.7 milhões de pessoas apresentam obesidade no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.
Para quem consegue virar a chave e mudar o estilo de vida, um mundo se abre. Além da alimentação balanceada e da prática de exercícios, os remédios emagrecedores também aparecem como um agente facilitador, como o famoso Ozempic, que virou febre do emagrecimento.
Mito ou verdade
Muitas pessoas, inclusive, acabam conhecendo melhor o corpo com a perda de peso. Esse é o grande motivo do mito existente de que os remédios emagrecedores causam nódulos na região do pescoço.
Diferente do que se pensa, de acordo com o Dr. Ullyanov Toscano, especialista em cabeça e pescoço, “não há números que evidenciem o nexo causal, mas o emagrecimento faz com que o pescoço fique mais nítido e esses nódulos acabam saltando aos olhos de quem perdeu peso, por ficarem mais aparentes. Com isso, logo buscam exames de imagens e detectam o tumor. Desta forma, não surgem por conta do Ozempic, ou de outras drogas, mas por ficarem mais nítidos devido ao emagrecimento”, esclarece o especialista.
Nódulos no pescoço
Também chamados de íngua, os nódulos no pescoço são caracterizados pelo surgimento de um caroço nessa região. De modo geral, costumam surgir e desaparecer espontaneamente, entre três ou quatro semanas, sem intervenção médica, mas devemos ficar em alerta quando isso não acontece.
“Além de câncer, alguns nódulos persistentes são sinal de doenças autoimunes, infecções crônicas, problemas de pele ou má formação congênita – que nascemos com ele. Por isso, é importante buscar ajuda médica para a realização de exames complementares, principalmente se você for fumante ou fazer uso frequente do álcool”, sugere o Dr. Ullyanov Toscano.
Até o final do último século, os tumores de cabeça e pescoço eram mais comuns em homens, com mais de 50 anos, e tinham como causa principal o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Atualmente, vemos o aumento da incidência em mulheres e jovens, principalmente na faixa de 20 a 40 anos. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no triênio 2023 a 2025 são esperados 16.660 casos de tireoide e 7.790 de laringe para cada ano.
Foto destaque: análise da região do pescoço. Reprodução/Freepik