Transplante de útero: procedimento gera expectativas em mulheres

Marcos Flavio Nascimento Por Marcos Flavio Nascimento
3 min de leitura

O transplante visa proporcionar maior qualidade de vida e planos realizados para mulheres que não possuem útero, mas que buscam engravidar.

É o caso de Hanna Vaughan, que entrevista ao jornal Daily Mail, revelou possuir a síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (MRKH). Essa condição a impediu de ter um útero, e por consequência, de engravidar.


Hannah Vaughan e seu parceiro, Luke Seddon-Rimmer (Foto: Reprodução/O GLOBO)


Mas, esse procedimento promete mudar essa e mais outras histórias de vida. Na última semana, uma mulher com a mesma anomalia recebeu um útero transplantado. 

Ao jornal Daily Mail, a assistente social conta, “aos 16, pensei que poderia deixar isso um pouco para trás, porque ainda não estou pronto, mas, ao mesmo tempo, isso ainda me afetava todos os dias e eu tinha aconselhamento na época”, afirma.

Estudando as possibilidades

Bastante feliz com a repercussão e resultado do procedimento, Hannah se diz pronta para também fazê-lo, recebendo assim um útero e realizar seu grande sonho de se tornar mãe.

“Ter um filho e carregá-lo seria a coisa mais incrível do mundo para mim. A menos que você tenha MRKH ou tenha experiência com algo que possa reduzir suas chances de ter seus próprios filhos, é difícil entender como é”, desabafa. 

Para se submeter ao procedimento, Hannah tem que realizar diversos exames para continuar o tratamento, bem como o congelamento de embriões, o que está prestes a fazer. 

Histórico da síndrome

Em termos de estatísticas globais, a MRKH afeta cerca de 1 em cada 4.500 a 5.000 mulheres ao nascer. No entanto, esses números podem variar ligeiramente dependendo da fonte e das populações estudadas. Devido à natureza rara da condição, o número total de pessoas no mundo com a Síndrome de MRKH não é muito alto. 

No Brasil, assim como em muitos outros lugares, a Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) é uma condição rara. No entanto, dados precisos sobre a prevalência da MRKH específica para o Brasil podem ser difíceis de obter devido à natureza incomum da condição e à falta de registros abrangentes e concretos. 

Desde 2012, aproximadamente 100 transplantes foram executados globalmente, resultando no nascimento de 50 bebês. Países que alcançaram sucesso neste procedimento incluem a Suécia, Estados Unidos, Brasil, Arábia Saudita, Turquia, China, República Checa, Alemanha, Sérvia e Índia.

 

Foto destaque: procedimento pode ajudar as mulheres . Reprodução/A Mulher (R7)

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