Uma onda de novas variantes pode causar novo pico de COVID-19

Editoria Imag Por Editoria Imag
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Desde o início da pandemia do vírus da COVID-19, cientistas no mundo inteiro correram contra o tempo para conseguir o imunizante mais eficaz para exterminar o vírus. Entretanto, com o passar dos anos, a população começou a lidar com as variantes. A mais famosa é conhecida como Ômicron e agora tem companhia de várias outras. 

Dessa forma, existe uma crescente de novas variantes e pode estar ganhando força em níveis globais. O aumento significativo e preocupante está acontecendo no Hemisfério Norte, devido ao inverno que se aproxima. 

A lista é extensa, só nos Estados Unidos, aparecem as variantes BQ.1, BQ.1.1, BF.7, BA.4.6, BA.2.75 e BA.2.75.2. Além disso, em outros países recombinante XBB tem crescido e se espalhado rápido e, pelo que tudo indica, é a responsável por uma nova onda de casos em Singapura. Existem, no momento, números crescentes também na Europa, especificamente no Reino Unido, onde esses tipos de variantes já estão fixas. 


Reprodução ilustrada de variantes (Foto: Reprodução/PAHO)


Não é possível saber com certeza se essas novas variantes continuarão perpetuando em conjunto pelo mundo e poderão superar surtos anteriores. Já que, cada uma é responsável por uma porcentagem de casos de COVID-19. Esse fenômeno de mutações é chamado de evolução convergente e suas consequências são a evolução e vírus atingindo a população ao mesmo tempo. 

“Com uma evolução convergente, talvez várias linhagens diferentes possam obter de forma independente níveis de transmissibilidade semelhantes, contra uma única nova variante assumindo o controle”, explicou Nathan Grubaugh, professor associado de epidemiologia na Escola de Saúde Pública de Yale.


Pessoas andando juntas, algumas com ou sem máscara. (Foto: Reprodução/Amanda Perobelli/Reuters) 


“É o que acontece predominantemente na maioria dos agentes patogênicos, como a gripe e o VRS (vírus sincicial respiratório)”, escreveu Nathan Grubaugh em um email. “Agora que o vírus se adaptou muito bem à transmissão humana, a maior parte do que circula está em boa forma”. 

Além disso, é preciso entender sobre essas novas variantes e saber ao certo como se preparar para combatê-las. Foi o que explicou a líder técnica da resposta à Covid-19 na Organização Mundial de Saúde, Maria Van Kerkhove, em sua fala: 

“Acho que precisamos estar preparados para isso. Os países precisam estar em condições de fazer vigilância, lidar com aumentos nos casos e talvez com ondas e hospitalizações. Ainda não vemos uma mudança de gravidade. E nossas vacinas permanecem eficazes, mas temos de permanecer vigilantes.”

Cientistas estão trabalhando para desenvolver vacinas que combatam essas variantes. Tudo está sendo analisado e estão pesquisando as melhores formas de extinguirem ao máximo esses resquícios de COVID-19 que não param de aparecer. 

 

Foto Destaque: Reprodução/Fundação Getúlio Vargas

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