Varíola dos Macacos: Saiba sobre a possível liberação da Anvisa para usar vacinas e medicamentos não registrados no Brasil

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
2 min de leitura

Ocorrerá nesta sexta-feira (19) uma reunião extraordinária para decidir se acontecerá a liberação de vacinas e medicamentos sem registo no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está analisando a possibilidade desse fato acontecer para combater a varíola dos macacos e diretores planejam definir todos os critérios nessa reunião. 

Caso seja confirmada, essa medida tem o objetivo de fazer o Brasil não ficar para trás novamente no quesito de saúde mundial. Até o momento, não existe tratamentos específicos permitidos para essa doença e com essa medida, irá agilizar a oferta desses produto. 

Órgãos responsáveis por essa liberação em outros países deram o aval para utilizarem essa medida, contudo, é preciso se reunir para que seja liberado por responsáveis brasileiros.


Cientista estudando o vírus da Varíola dos Macacos (Foto: Reprodução/Jornal NH)


Essa doença é considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, todavia, é clinicamente menos grave. O período de incubação do vírus ocorre no período de 7 a 21 dias e logo depois o paciente apresenta febre alta, mialgia, fadiga, dor de cabeça, cansaço, dor nas costas e aumento dos glânglios linfáticos.

O Ministério da Saúde comprou 50 mil doses de vacina inicialmente para profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com infectados. Ademais, o antiviral tecovirimat, para pesquisas clínicas e também utilizado em pacientes em estado muito grave. 

Na reunião extraordinária, a Anvisa estará definindo os requisitos de procedência, controle e monitoramento para que ocorra a entrada desses produtos em território nacional da forma mais segura possível. 


Homem com Varíola dos Macacos (Foto: Reprodução/Getty Images) 


O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres declarou suas motivações para adiantar esse processo sem registro: 

“A pasta tem esse poder legítimo, de, em situações onde entenda haver necessidade, superar atribuições da Anvisa. Então, ao assim agir, não está fazendo nada de errado, que não esteja previsto.”, explicou. 

 

Foto Destaque: Reprodução/Fiocruz

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