OMS e Sinergium Biotech desenvolvem vacina de RNA mensageiro contra gripe aviária H5N1

Diego Barcellos Por Diego Barcellos
2 min de leitura
vacina covid-19 (Foto: Artem Podrez/Pexels)

Nesta segunda-feira, (29), a OMS revelou uma nova iniciativa para criar vacinas contra a gripe aviária em países com baixa renda, utilizando tecnologia de RNA mensageiro. O projeto é conduzido por uma farmacêutica argentina.

A doença H5N1 foi diagnosticada pela primeira vez em 1996. No entanto, desde 2020, os surtos em aves aumentaram exponencialmente, e o número de mamíferos infectados pelo vírus, incluindo bovinos, também cresceu significativamente nos Estados Unidos.


Vacina sendo aplicada (Foto: reprodução/instagram/sinergiumbiotech)

FAO preocupado com a doença

Na semana passada, a Agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou que a evolução da gripe aviária na região Ásia-Pacífico, marcada pelo aumento das transmissões para humanos e o surgimento de uma nova variante do vírus, pode se tornar “alarmante”.

Antes dos ensaios clínicos, a Sinergium Biotech precisará comprovar a viabilidade das vacinas candidatas, conforme a OMS. Após obter os dados pré-clínicos, a tecnologia, material e experiência serão compartilhados com produtores em outros países para acelerar o desenvolvimento das vacinas e melhorar a preparação para uma possível pandemia.

mRNA no combate à gripe aviária

O Programa de Transferência de Tecnologia, lançado em 2021 em resposta à crise da COVID-19, envolve 15 países e tem como objetivo fornecer a nações de baixa renda ou em desenvolvimento os recursos necessários para a produção de vacinas baseadas em mRNA. Esta tecnologia inovadora funciona através da introdução de instruções genéticas no organismo, que instruem as células a produzir proteínas do vírus. Isso permite que o sistema imunológico reconheça e neutralize o vírus de forma mais eficaz.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a nova iniciativa focada na gripe aviária H5N1 exemplifica a importância do Programa de Transferência de Tecnologia de mRNA. Segundo ele, a iniciativa visa não apenas melhorar a capacidade de resposta a surtos de doenças, mas também fortalecer a infraestrutura de saúde global para enfrentar futuras pandemias, promovendo uma maior equidade no acesso às tecnologias de vacinas.

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