Passar longo período sentado aumenta risco de morte precoce em 16%, diz estudo

Pedro Ramos Por Pedro Ramos
3 min de leitura
Uma investigação ao longo de duas décadas revelou que indivíduos que permanecem por longos períodos nessa postura enfrentam um aumento de 16% no risco de mortalidade precoce (Fotografia: Reprodução/Freepik)

Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, revela que passar longos períodos sentado no trabalho está associado a um aumento significativo de 16% no risco de morte precoce. A pesquisa, publicada na revista científica JAMA Network Open, analisou dados de saúde de quase meio milhão de indivíduos ao longo de duas décadas.

Risco aumentado de morte precoce e doenças cardiovasculares


Cientistas identificam pessoas que ficam sentadas por períodos prolongados têm risco maior de morte prematura comparado com quem são ativos fisicamente (Foto: reprodução/Freepik)

Os cientistas observaram que aqueles que permaneciam sentados por períodos prolongados tinham 16% mais chances de enfrentar uma morte precoce em comparação com seus colegas mais ativos. 

Além disso, o risco de morte por doenças cardiovasculares aumentou em impressionantes 34% entre os indivíduos que passaram mais tempo sentados durante o expediente.

Detalhes da pesquisa e ajustes por fatores de estilo de vida

O estudo abrangeu uma amostra de 481.688 pessoas, analisando dados relacionados ao trabalho, nível de atividade física e outros fatores de estilo de vida. Ao longo das duas décadas, os pesquisadores ajustaram os resultados levando em consideração sexo, idade, tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal (IMC).

Estilo de vida “combinado” e seus benefícios

Os resultados revelaram que aqueles que mantinham um estilo de vida “combinado”, alternando entre períodos sentados e em pé no trabalho, não apresentavam um risco significativamente maior de morte. 

Surpreendentemente, indivíduos que tinham uma vida profissional sedentária, mas praticavam exercícios físicos durante o tempo livre, experimentaram um risco reduzido de mortalidade, tanto por todas as causas quanto por doenças cardiovasculares.

Estratégias para mitigar os riscos

Os cientistas sugerem que o aumento do risco de morte e doenças cardíacas pode ser compensado com a prática diária de 15 a 30 minutos de exercícios vigorosos. Ao longo dos 20 anos de estudo, ocorreram 26.257 mortes, sendo 57% delas associadas a longos períodos sentados no trabalho. Dessas mortes, 60% estavam relacionadas a doenças cardiovasculares.

Recomendações e mudanças necessárias

Diante dessas descobertas, os pesquisadores recomendam a incorporação de pausas regulares durante o expediente e a prática de atividade física adicional para mitigar os riscos. O autor principal, Wayne Gao, da Universidade Médica de Taipei, ressalta a importância de abordar a sessão ocupacional prolongada.

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