Remédios para a perda de peso como Ozempic podem levar à paralisia estomacal

Marcela Pacheco Martin Por Marcela Pacheco Martin
2 min de leitura
Foto destaque: Ozempic (Foto: Reprodução/Medicina S/A)

Três novos estudos foram feitos baseados em registros de pacientes, e dois destes foram apresentados no sábado (18), na conferência médica Digestive Disease Week 2024 em Washington, nos Estados Unidos, porém os dados são considerados preliminares, visto que não foram examinados por especialistas externos nem publicados em revistas médicas.

Por que as pessoas estão recorrendo a esta medicação?

Os injetáveis chamados agonistas do GLP-1, um tipo de medicação, estão em alta no momento devido a sua facilidade de perda de peso após consumo. Os medicamentos mais fortes da linha, como o Wegovy e Zepbound, fizeram as pessoas perderem pelo menos 10% do seu peso inicial. Além da perda de peso, eles trazem benefícios para o coração. A fabricante de medicamentos comentou que vinte e cinco mil pessoas estão começando a consumir Wegovy toda semana só nos Estados Unidos.


Médico (Foto: Reprodução: PEBMED)

Os agonistas do GLP-1 diminuem a fome ao desacelerar a passagem dos alimentos pelo estômago, além disso ajudam o corpo a liberar mais insulina e enviam sinais ao cérebro que diminuem os desejos.

Um dos efeitos colaterais dos agonistas são episódios de vômito que podem chegar a classificação grave, necessitando de ajuda médica. Eles também podem desacelerar o estômago, criando uma condição chamada gastroparesia.

Gastroparesia ou paralisia estomacal

Em uma visão geral, a paralisia estomacal afeta os músculos do estômago e impede o esvaziamento adequado desse órgão.

A paralisia estomacal melhora após interromper o uso do medicamento, porém algumas pessoas explicam que sua condição não melhorou mesmo após meses de interrupção.

Apesar do risco da gastroparesia parecer raro, ele existe. Os consumidores dos agonistas do GLP-1 tiveram 50% mais de chances de serem diagnosticados com tal doença comparados a pessoas que não tomaram. 10 a cada 10.000, ou 0,1%, foram diagnosticadas com paralisia estomacal pelo menos seis meses depois do início do consumo, segundo estudos.

O diabetes também pode aumentar o risco de gastroparesia, ainda mais se o grau de açúcar no sangue de um indivíduo não estiver bem controlado.

“Ler é viver mil vidas diferentes em uma única existência.” - André William Segalla Cursando jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo com previsão de formação em dezembro de 2025, moradora do litoral paulista, com 24 anos, estagiando como redatora no IN Magazine e dirigindo uma escola de cursos.
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