Rio de Janeiro tem primeiro caso confirmado de Febre Oropouche 

Adriane Paiva Por Adriane Paiva
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Foto destaque: Culicoides paraenses, mosquito transmissor da Febre Oropouche, ampliado em laboratório (reprodução/ibcmed/Jornal da Usp)

Nesta quinta-feira (29), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) confirmou o primeiro registro no estado. Um homem de 42 anos residente do bairro Humaitá, zona sul carioca. Segundo o SES, o homem viajou recentemente para Amazonas e está sendo acompanhado por uma equipe de saúde e vigilância sanitária do Rio. 


Mosquitos da espécie Culicoides são menores que o Aedes aegypti
Mosquitos da espécie Culicoides são menores que o Aedes aegypti (Foto: reprodução/Elena Goosen/istock/catraca livre)

Como se trata do primeiro caso isolado, a suspeita seria que o paciente tenha “importado” a doença, ou seja, contraiu a doença enquanto estava no Norte do País, já que na última terça-feira (27) o estado de Amazonas emitiu alerta epidemiológico para a febre, o estado já registrou quase 1.400 casos da doença somente este ano. Conforme o SES, o diagnóstico foi feito pelo Instituto Nacional de Infectologia Evando Chagas (INI), da Fiocruz através de exames laboratoriais reagentes a doença. 

Sintomas parecidos com dengue 

A Febre Oropouche tem como seu principal transmissor os mosquitos. Após picarem uma pessoa ou animal infectado, o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, mantém o vírus da doença em seu sangue por um tempo e podem passar adiante picando uma pessoa saudável. Os sintomas da febre são bem parecidos com os da dengue e chikungunya, náuseas; dor muscular; dor de cabeça; nas articulações; tontura; dor atrás dos olhos e diarreia. Desta forma, para melhor diagnóstico, a pessoa deve informar sobre viagens recentes logo no primeiro atendimento, segundo secretária do estado de saúde, Cláudia Mello. 

O que é a Febre Oropouche 

A febre é causada por um arbovírus e podem ser transmitidos pelos animais como macacos e bichos-preguiças como pelos humanos além de ser transmitido pelo mosquito maruim, o Coquilletti diavenezuelensis, o Aedes serratus e o Culex quinquefasciatus conhecido como pernilongo ou muriçoca, podem eventualmente transmitir o vírus. A doença não possui tratamento específico, mas não é tão grave, em casos mais raros pode causar algumas complicações como meningite ou encefalite. O Ministério da Saúde recomenda repouso e acompanhamento médico para quem tiver a Febre e para prevenção é aconselhável a aplicação de repelentes no corpo e eliminar possíveis focos de mosquitos. 

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Estudante de Jornalismo, apaixonada por leituras e cultura pop
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