Brasil conquista a Copa América Feminina em final épica contra a Colômbia
Em uma das maiores finais da história da Copa América Feminina, o Brasil superou a Colômbia por 5 a 4 nos pênaltis após empate por 4 a 4 no tempo normal e na prorrogação, conquistando o título continental pela nona vez. A decisão, realizada em um estádio lotado e tomada por tensão, foi marcada por […]
Em uma das maiores finais da história da Copa América Feminina, o Brasil superou a Colômbia por 5 a 4 nos pênaltis após empate por 4 a 4 no tempo normal e na prorrogação, conquistando o título continental pela nona vez. A decisão, realizada em um estádio lotado e tomada por tensão, foi marcada por reviravoltas emocionantes, gols de grandes protagonistas e, claro, a presença iluminada de Marta, que brilhou nos momentos decisivos e foi peça fundamental na trajetória da vitória.
O jogo foi uma verdadeira montanha-russa de emoções, com a Colômbia mostrando por que é hoje a segunda força do futebol sul-americano. A seleção brasileira, por sua vez, precisou superar momentos de instabilidade, erros individuais e até a pressão psicológica das penalidades para levantar a taça.
Primeiro tempo equilibrado e início avassalador da Colômbia
A Colômbia começou melhor e logo impôs seu ritmo diante de uma seleção brasileira que demorou a se encontrar em campo. Aos 24 minutos do primeiro tempo, Linda Caicedo, grande destaque do jogo, abriu o placar aproveitando uma bela troca de passes dentro da área brasileira. Com velocidade, técnica e inteligência, a jovem de 20 anos demonstrou personalidade em momentos decisivos, como ao carregar a bola com tranquilidade e finalizar com precisão para marcar o primeiro gol.
Apesar da vantagem, a Colômbia acabou cometendo um erro infantil antes do intervalo. Carabalí derrubou Gio dentro da área, e o pênalti foi marcado. Angelina foi para a cobrança e empatou, levando o jogo para o vestiário com tudo igual.
Na volta para o segundo tempo, a Colômbia novamente assumiu o controle da partida. Aos 23 minutos, em um lance infeliz, Tarciane recuou errado para Lorena e acabou marcando contra, colocando as colombianas na frente mais uma vez. A reação brasileira veio aos 34, com Amanda Gutierrez aproveitando sobra na área para empatar novamente.
Mas a Colômbia não se abateu. Em contra-ataque fulminante puxado por Linda Caicedo, Mayra Ramírez recebeu passe açucarado e tocou com categoria para fazer 3 a 2. Quando tudo parecia perdido para o Brasil, brilhou a estrela de Marta. No último lance do tempo normal, a camisa 10 acertou um chutaço de fora da área, empatando o duelo em 3 a 3 e levando a decisão para a prorrogação.
Marta brilha na prorrogação, mas Colômbia empata novamente
O embalo do gol no final do tempo regulamentar seguiu na prorrogação. Logo aos 14 minutos do primeiro tempo extra, Marta apareceu novamente. Em uma jogada de pura determinação e qualidade técnica, a atacante marcou seu segundo gol no jogo e virou o placar para 4 a 3, incendiando a torcida brasileira e deixando o time mais próximo do título.
No entanto, a Colômbia não desistiu. Aos nove minutos do segundo tempo da prorrogação, Linda Caicedo sofreu falta na entrada da área, e Leicy Santos executou uma cobrança perfeita para empatar mais uma vez e levar a decisão para os pênaltis.
A disputa nas penalidades foi tão dramática quanto os 120 minutos anteriores. Angelina e Marta perderam suas cobranças pelo Brasil, enquanto Paví mandou para fora pela Colômbia. No fim, brilhou a estrela da goleira Lorena, que defendeu os chutes de Leicy Santos e Carabalí, garantindo a vitória por 5 a 4 e o título para a seleção brasileira.
Colômbia confirma nova era no futebol feminino sul-americano
Apesar da derrota, a Colômbia deixou o campo valorizada. A geração atual mostrou que o país é, de fato, a segunda força do continente. Linda Caicedo, com apenas 20 anos, foi o destaque. Ela marcou o primeiro gol, deu a assistência para o terceiro e sofreu a falta que originou o quarto. Sua atuação reforça que está pronta para brilhar no cenário mundial.
Além disso, a equipe colombiana mostrou organização e coragem. Encarou o Brasil de igual para igual e, por pouco, não saiu com o título. O futuro promete.
Para o Brasil, o título serve de alívio e alerta. A conquista foi suada, com erros defensivos e momentos de instabilidade. Ainda assim, a Seleção mostrou poder de reação. Marta, mesmo aos 38 anos, foi decisiva. Já as mais jovens, como Amanda Gutierrez, também deixaram sua marca.
A nona taça continental confirma o peso da camisa brasileira. Mas também evidencia que o domínio sul-americano não é mais absoluto. Com talento, ousadia e renovação, a Colômbia promete desafiar essa hegemonia nos próximos anos.
