Nesta terça-feira (18), morreu Wlamir Marques, um dos maiores nomes do basquete mundial. Ele estava internado no Hospital Santa Magiore, em São Paulo, a causa da morte ainda não foi divulgada. O “Diabo Loiro”, dono da camisa cinco da seleção, foi um dos principais protagonistas do time que conquistou o bicampeonato mundial da modalidade em 1959 e 1963, além de duas medalhas de bronze, nas Olimpíadas de Roma 1960 e Tóquio 1964.
Última aparição
Wlamir era considerado um jogador completo, uma vez que atuou em todas as posições dentro da quadra: pivô, ala e armador. Ele ainda combinou o seu talento a uma técnica que o tornou um atleta versátil dotado de uma velocidade acima da média.
A última aparição pública tinha acontecido em fevereiro de 2024. Na época, ele foi homenageado com uma miniatura realista sua. A obra foi mostrada antes de Brasil x Paraguai, pelas Eliminatórias da AmeriCup 2025. O jogo aconteceu no ginásio do Corinthians, batizado justamente de Wlamir Marques desde 2016.

Carreira do jogador
Wlamir nasceu em São Vicente, São Paulo, no dia 16 de julho de 1937 e antes de se dedicar ao basquete, praticou vários esportes, como, por exemplo, natação e atletismo. Porém, aos dez anos, após pular o muro do clube de sua cidade, o Tumiaru, e iniciou sua trajetória no basquete.
No time de São Vicente, Wlamir ficou até os 16 anos, quando se transferiu para o XV de Piracicaba e conquistou seus primeiros títulos por times: os campeonatos paulistas de 1957 e 1960.
Já campeão mundial de basquete pela Seleção Brasileira, aos 25 anos, ele foi contratado para defender o Corinthians, onde permaneceu por dez anos e colecionou títulos. Foi por oito vezes campeão paulista de basquete.
A identificação do jogador com o Corinthians foi tanta que, em 2016, o Ginásio Poliesportivo Parque São Jorge, no Tatuapé, foi batizado com o seu nome.
Em 2018, o Corinthians voltou a homenagear Wlamir Marques, ao aposentar a sua camisa, a de número cinco.
O último time de Wlamir foi o Tênis Clube de Campinas, onde atuou em 1974. Na época de Wlamir, como o esporte não era profissional, foi preciso conciliar a carreira no basquete com um emprego nos Correios. Mesmo com as dificuldades e ainda como atleta em atividade, aos 30 anos ele se formou em Educação Física.
E o conhecimento tanto de dentro da quadra quanto de forma acadêmica fez com que Wlamir atuasse como treinador de equipes masculinas como Jundiaí, Palmeiras, hebraica e Pinheiros; e femininas como XV de Piracicaba, Corinthians e São Caetano. Quando terminou a carreira de treinador, ele passou a dar aulas na Faculdade de Santo André (FEFISA), e foi comentarista esportivo.