O assunto dos gramados sintéticos em alguns estádios brasileiros rendeu mais um capítulo. Nesta terça-feira (18), vários atletas foram às redes sociais para protestar contra esse tipo de solo, que é cada vez mais utilizado no país.
Jogadores como Neymar, Thiago Silva, Bruno Henrique, Philippe Coutinho, Gabigol, entre outros foram os primeiros a compartilhar o texto nas redes sociais, expressando sua preocupação com a qualidade do futebol no Brasil, por conta da utilização dos gramados sintéticos, que comprometem a integridade física dos jogadores.
Na postagem, os atletas criticam o caminho que o futebol brasileiro está seguindo e pedem que os jogadores sejam mais ouvidos em decisões que afetam o esporte. A publicação destaca a frase: “Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético“, reforçando o apelo para se preservar as condições ideais para a prática do esporte.
Regra permite uso do gramado sintético
Embora os atletas se mostrem contra os campos sintéticos, o regulamento da CBF permite o uso desse tipo de gramado no Brasil. No ano passado, os clubes aprovaram algumas mudanças nas regras de utilização da grama sintética.
Agora, as equipes que jogam em estádios com campos artificiais são obrigadas a permitir que o time visitante realize um treino no local, caso eles queiram, um dia antes da partida, medida que se aplica apenas ao Campeonato Brasileiro, e não a outras competições organizadas pela CBF.
Atualmente, diversos estádios de grande nome no país, como o Allianz Parque, do Palmeiras, o Nilton Santos, do Botafogo, a Arena MRV, do Atlético-MG, além do Pacaembu, estádio municipal em São Paulo, aderiram ao sintético.
Manifestações fora do virtual
Além das manifestações nas redes sociais, o movimento contra os gramados artificiais ganhou mais visibilidade no último fim de semana, quando Lucas Moura e Oscar, ambos titulares do São Paulo e grandes defensores da causa, pediram para não atuar no clássico contra o Palmeiras devido ao gramado sintético do Allianz Parque. No confronto, ambos entraram apenas no segundo tempo e jogaram por apenas alguns minutos, como forma de protesto contra o terreno artificial.