Aneel confirma bandeira amarela para as contas de dezembro

Nesta sexta-feira (28), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária aplicada às contas de luz em dezembro será a amarela, representando um custo adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. O valor é inferior ao cobrado em novembro, onde foi aplicada a bandeira vermelha patamar 1.

Segundo a agência, a mudança aconteceu pelo período de chuvas e uma previsão de volumes de chuva mais elevados do que os registrados em novembro pela maior parte do país. Apesar disso, a Aneel destacou que as precipitações previstas ainda estão abaixo da média histórica para o mês de dezembro, o que mantém um cenário de alerta.

Condições de geração permitem redução da tarifa

A Aneel afirmou que, com a leve melhora nos reservatórios e o comportamento das bacias hidrográficas, a bandeira pode ser rebaixada.  Mesmo assim, o uso de usinas termelétricas, que tem um custo mais elevado do que outras formas de captar energia, continuará sendo necessário para atender à demanda energética do país. No Instagram oficial da Agência, a mudança da bandeira tarifária foi avisada por meio de um post.


Post oficial alertando da mudança de bandeira tarifária (Foto: reprodução/Instagram/@aneelgovbr)


A agência ressaltou que esta é a primeira vez desde 2019 que o patamar amarelo é acionado especificamente para o mês de dezembro. Em anos anteriores, o período do fim do ano era marcado por bandeiras pesadas ou pela vigência da bandeira de escassez hídrica, como ocorreu entre setembro de 2021 e abril de 2022 pelas condições críticas da ocasião.

Como funcionam as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias indica ao consumidor brasileiro, de forma prática, o custo da geração de energia em cada momento do ano. Ou seja, quando as hidrelétricas produzem menos e é necessário acionar termelétricas, a conta de luz fica mais cara. Por isso, as cores funcionam como um alerta de custo.

A bandeira verde significa que as condições estão favoráveis, e por isso não há nenhum acréscimo na conta de luz. Na amarela, o custo adicional de R$ 18,85 por MWh (equivalente a R$ 1,88 por 100 kWh); na vermelha patamar 1, temos um acréscimo de R$ 44,63 por MWh (R$ 4,46 por 100 kWh). Por fim, na vermelha patamar 2,  a cobrança é de R$ 78,77 por MWh (R$ 7,87 por 100 kWh).

A Aneel reforça que, mesmo com a redução, a operação do sistema ainda exige atenção, já que a dependência das termelétricas permanece. A agência disse que seguirá monitorando o comportamento das chuvas e das usinas ao longo de dezembro para determinar a sinalização tarifária dos próximos meses.

Conta de luz seguirá com bandeira vermelha patamar 1 em novembro, confirma Aneel

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (31) que a bandeira tarifária vermelha patamar 1 continuará em vigor no mês de novembro. A decisão foi tomada diante do baixo volume de chuvas, que afeta diretamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas responsáveis por boa parte da geração de energia no país.

Com isso, os consumidores pagarão um adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida reflete o aumento do custo de produção da energia, já que o cenário de estiagem obriga o acionamento de usinas termelétricas, que têm operação mais cara e poluente.

Estiagem mantém pressão sobre o sistema elétrico

Nos últimos meses, a Aneel tem ajustado as bandeiras tarifárias conforme as condições climáticas e o custo da geração de energia. Em agosto e setembro, o país enfrentou o período mais crítico do ano, com a bandeira vermelha patamar 2, que representava um adicional de R$ 7,87 por 100 kWh.

Com uma ligeira melhora nas condições de armazenamento dos reservatórios, o órgão reduziu a cobrança para o patamar 1 em outubro, que agora será mantido também em novembro. Segundo técnicos da Aneel, ainda não há previsão de retorno da bandeira verde, já que os níveis de chuvas continuam abaixo da média histórica em diversas regiões do Brasil.

A agência reforça que o cenário ainda exige cautela e uso consciente da energia elétrica, principalmente nos horários de pico, quando o sistema opera sob maior demanda.


Estiagem reduz a produção de energia no país (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)

Entenda o sistema de bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, tem o objetivo de refletir os custos reais da geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). As bandeiras — verde, amarela e vermelha (patamares 1 e 2) — indicam ao consumidor o momento em que o custo de geração está mais alto, incentivando o uso racional da energia.

Na bandeira verde, não há acréscimo na conta de luz. Já na bandeira amarela, é aplicado um valor adicional moderado. Quando o cenário é mais crítico, entram em vigor as bandeiras vermelhas, com acréscimos maiores conforme o patamar.

A Aneel monitora mensalmente as condições de geração e pode alterar a cor da bandeira de acordo com o comportamento das chuvas, do consumo e da necessidade de uso de termelétricas.

Bandeira tarifária de energia volta a ser verde em agosto e sem cobrança extra

Nesta sexta-feira (26/07) foi apresentado pela ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, a bandeira tarifária verde para o próximo mês de agosto. Devido alguns fatores, como o alto volume de chuva na Região Sul do País, que permitiu melhores condições para a criação de energia elétrica.

Até então, as contas vinham tendo a bandeira tarifária amarela, acionada desde abril de 2022.

Sandoval Feitosa, o diretor-geral da ANEEL, relatou que no final do mês passado esperava-se que houvesse menor volume de chuvas em julho, o que ocorreu majoritariamente. Contudo, as chuvas na Região Sul contribuíram para a caracterização da alteração da bandeira verde em agosto.

O sistema de bandeiras tarifárias

A fim de notificar o público quanto o custo para se gerar energia no Brasil, assim como auxiliar as distribuidoras de energia, mitigando quaisquer sequelas no orçamento, em 2015 a ANEEL formou o sistema de bandeiras tarifárias.

Aspectos como a evolução das fontes renováveis e a disponibilidade de recursos hídricos são considerados pelas bandeiras, tal qual quando fontes de geração mais caras são utilizadas, como as termelétricas.


O que são bandeiras tarifárias? (Vídeo: Reprodução/YouTube/@aneel)

Papel do consumidor

Ademais, o consumidor possui um papel mais ativo, pois, ao perceber que sua bandeira se encontra vermelha, o consumo pode ser alterado, a fim de diminuir o valor total da conta.

Anteriormente, a regra indicava apenas o repasse no reajuste anual das tarifas, sem que os clientes soubessem que a conta estava mais alta naquele instante e, dessa forma, não era possível agir de qualquer forma.

A Agência enfatiza a relevância de se utilizar a energia responsavelmente, e da consciencialização. Economizar energia vai muito além de poupar a conta no final do mês, auxiliando também no cuidado dos recursos naturais, e na sustentabilidade do setor elétrico como um todo.