Sicoob prevê liberar aproximadamente R$ 50 bilhões em crédito rural

O Sicoob, uma das principais instituições financeiras cooperativas do Brasil, anunciou nesta segunda-feira (8) a previsão de liberar aproximadamente R$ 53,4 bilhões em crédito rural. Esse valor representa um aumento significativo de 10% em relação à safra 2023/24, quando foram financiados cerca de R$ 48,4 bilhões. A expectativa é que 28% desse montante seja destinado a pequenos e médios produtores.

Cooperativa financeira projeta um crescimento de 10% em relação à safra anterior, com foco em pequenos e médios produtores.


Cooperativa projeta liberar bilhões no plano safra 2024/25 (Foto: reprodução/Sicoob)

Francisco Reposse Junior, diretor Comercial e de Canais do Sicoob, afirmou: “Os resultados que alcançamos refletem nosso compromisso contínuo em apoiar produtores rurais de todos os portes”.

Plano Safra 2024/2025

Na safra 2023/24, o Sicoob ofertou R$ 48,4 bilhões em mais de 175 mil operações de financiamento por todo o Brasil, com um ticket médio de R$ 276 mil. Para o Pronaf, o valor médio das operações foi de R$ 77 mil. Durante o período, 36% das operações foram destinadas à pecuária, principalmente bovinocultura, enquanto 64% foram direcionadas à agricultura.


Crescem as expectativas sobre o Plano Safra (Foto: reprodução/MoneyTimes)

Os recursos estão sendo distribuídos em diversas linhas de financiamento, e serão R$ 4,1 bilhões para operações de custeio e R$ 1,5 bilhão para investimentos via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) contará com R$ 8,2 bilhões para custeio e R$ 650 milhões para investimentos.

Além disso, ainda estão previstos cerca de R$ 9,4 bilhões para custeios gerais, comercialização e industrialização; R$ 500 milhões para investimentos adicionais; R$ 1,7 bilhão como repasse livre; R$ 2,9 bilhões via BNDES; R$ 538 mil para fundos; R$ 1,3 bilhão para Funcafé; R$ 17,8 bilhões para CPRF; e R$ 4,5 bilhões para RPL Singular.

Governo Federal lança Plano Safra com recursos para impulsionar o agronegócio nacional

O Plano Safra 2024/2025 oferecerá linhas de crédito e incentivos para médios e grandes produtores

(Plano Safra 24/25 Foto: Diário do Acre)

O Governo Federal anunciou, nesta quarta-feira (3), o lançamento do Plano Safra 2024/2025, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O plano, que abrange o período de 1º de julho deste ano até 30 de junho de 2025, destina um total de R$ 508,59 bilhões para fomentar o agronegócio nacional, divididos entre o financiamento à agricultura empresarial e os recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR).

Detalhes do Plano Safra 2024/2025

O Plano Safra é uma iniciativa do Governo Federal que oferece linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas voltadas para os produtores rurais. O objetivo principal é garantir a competitividade e a sustentabilidade do setor agropecuário brasileiro, proporcionando os recursos necessários para custeio, comercialização e investimentos em tecnologias e infraestrutura.

Foram destinados aproximadamente R$ 400,59 bilhões em crédito para a agricultura empresarial para 2024/2025, representando um aumento de 10% em relação à safra anterior. Desse montante, R$ 293,29 bilhões serão destinados ao custeio e à comercialização, significando um incremento de 8%, e R$ 107,3 bilhões que serão voltados para investimentos, com um aumento de 16,5%.

Os produtores rurais ainda contarão com mais R$ 108 bilhões em recursos de LCA para emissões de CPR, o que irá complementar os incentivos do novo Plano Safra e totalizando R$ 508,59 bilhões disponíveis para o desenvolvimento do agronegócio nacional.


(Colheita de soja, destaque do agronegócio – Foto: Getty Images)

Beneficiários e os impactos financeiros

As linhas de crédito para financiar as atividades e incentivar a melhoria na infraestrutura de produção e no investimento em novas tecnologias será benéfico para todos os tipos de produtores rurais. Para este ano, o plano mantém o compromisso de apoiar o setor agropecuário brasileiro, essencial para a economia do país, gerando emprego e renda, além de garantir a segurança alimentar.

O aumento nos recursos destinados ao Plano Safra reflete a importância do agronegócio para o Brasil, um dos maiores exportadores de produtos agrícolas do mundo. Com os novos incentivos e políticas agrícolas, espera-se um impacto positivo significativo no crescimento do setor, promovendo a sustentabilidade e a inovação.

Ministro Carlos Fávaro: governo vive paz com o agro, apesar de haver “fascismo”

Após dizer que gradativamente o apoio do agronegócio ao governo cresce, por ser resultado de uma política de construção pacífica com o setor, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, neste sábado (01), chamou de “fascistas” aqueles que agem com diferenças políticas. Segundo ele, essa é uma parcela pequena, porém, barulhenta.

Foi em entrevista à CNN, que ao ser questionado sobre o discurso de fascismo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a campanha eleitoral de 2022, que ele afirmou concordar e prosseguir. “Não compre de determinado produtor, ou de determinado sementeiro, porque ele vota no presidente tal”, ao retomar sobre aqueles que agem com diferenças políticas no mesmo setor, sendo isso uma prática fascista. 

O agronegócio não é homogêneo 

O ministro enfatizou que o produtor ruralista não é como um setor que age de forma igual. “A imensa maioria é gente de bem, trabalhadora, que teve um viés ideológico e eleitoral diferente. E a gente respeita. Mas aquele que quer botar o estigma de represália, só porque pensa diferente, eu não vejo como não ser chamado de fascista”, disse à CNN.

Assim, ele concordou com o presidente Lula (PT), sobre a pregação do fascismo ocorrer também em práticas menores (micro), por pessoas que disseminam o conflito.

Sobre a atuação do agronegócio e o governo

Mediante o atual cenário do Rio Grande do Sul e a previsão da qual Fávaro estará em contato direto com os produtores gaúchos, o ministro disse que, apesar de haver embates com os maiores produtores de arroz do país, mediante a compra do alimento importado, o clima é bom.


RS embaixo d’água após as enchentes afetarem o maior produtor de arroz do país (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/Wikipédia)

Ao fim, ele avalia o apoio político do agronegócio ao governo, como um estado “gradativo”, garantindo como significativo, a construção pacífica com o setor, apesar de não esquecer da parcela barulhenta.