Alckmin anuncia alívio para exportações brasileiras

No contexto das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, uma decisão recente do Departamento de Comércio norte-americano trouxe um importante alívio para as exportações brasileiras. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que os produtos brasileiros que contêm aço e alumínio em sua composição terão uma nova classificação tarifária, saindo de uma taxação elevada para uma alíquota mais competitiva.

Essa mudança, que enquadra as exportações na Seção 232 do Ato de Expansão Comercial, nivela as condições de concorrência para o Brasil, permitindo que os produtos nacionais paguem a mesma tarifa que os de outros países.

Redução de tarifas impulsiona competitividade brasileira nos EUA

Anteriormente, produtos com esses componentes sofriam com uma sobretaxa imposta pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump, que chegava a 50%. A medida recém-anunciada, portanto, representa um avanço significativo na competitividade da indústria brasileira no mercado estadunidense. De acordo com Alckmin, o alívio afeta aproximadamente 6,4% do total das exportações brasileiras para os EUA, o que corresponde a cerca de US$ 2,6 bilhões de um total de US$ 40 bilhões.


Matéria sobre discurso de Alckmin onde ele diz que produtos industriais terão tarifas aliviadas (Vídeo: reprodução/YouTube/Rede TVT)

Setores-chave da indústria, como máquinas, equipamentos e motocicletas, que são altamente impactados pela nova tarifação, serão os principais beneficiados. A decisão americana é vista como uma forma de corrigir uma distorção comercial que prejudicava a economia brasileira, especialmente a indústria de manufaturados. O ajuste tarifário não apenas melhora a capacidade de competição dos produtos brasileiros, mas também ajuda a fortalecer os laços comerciais entre as duas nações.

Nova postura comercial dos EUA abre caminho para negociações mais equilibradas com o Brasil

O anúncio de Alckmin, feito após um encontro na Câmara dos Deputados para discutir projetos de interesse do comércio exterior, contrasta com o cenário de tensões comerciais vivenciado anteriormente. O governo Trump, por exemplo, havia imposto uma sobretaxa generalizada que, além de produtos industriais, atingiu setores sensíveis da economia brasileira como o agronegócio, com produtos como café, carne bovina e algumas frutas sendo fortemente taxados.

Apesar de a nova medida focar em produtos com aço e alumínio, ela sinaliza uma mudança de rumo nas relações comerciais, buscando maior equilíbrio e previsibilidade. A isenção de tarifas em alguns produtos estratégicos para o Brasil, como aeronaves, petróleo e gás natural, já era uma realidade antes, e agora se soma a essa nova reclassificação, indicando um possível ambiente mais favorável para as negociações futuras. Essa melhora tarifária é um passo importante para que o Brasil mitigue os impactos econômicos de uma política comercial global cada vez mais protecionista.

PF responsabiliza Bolsonaro e assessores por tentativa de golpe de Estado

Relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado destacará, de forma enfática, a responsabilização do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus assessores, incluindo o indiciamento deles e de militares que participaram da concepção, organização e tentativa de execução de uma ação golpista direcionada para minar o Estado Democrático de Direito no Brasil. A PF deve finalizar o primeiro relatório dos atos golpistas nesta quinta-feira (21) e posteriormente enviar para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar do cenário atual, não deve existir pedido de prisão no relatório final, que poderá ser complementado em outro momento, especialmente após a Operação Contragolpe.

Operação Contragolpe


Lula segura a bandeira do Brasil durante campanha (Foto: reprodução/
CARL DE SOUZA / Colaborador/ Getty Images Embed)


A Operação Contragolpe investiga um plano elaborado em 2022 com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, incluindo ações extremas como assassinatos de líderes políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal. Entre os suspeitos, estão militares das forças especiais. A operação também revelou o uso indevido de recursos públicos e táticas clandestinas detalhadas, evidenciando uma tentativa de golpe estruturada e articulada. As ações resultaram em prisões, buscas, apreensões e suspensões de cargos públicos dos envolvidos, ligando o caso a atos antidemocráticos nas eleições de 2022 e aos ataques de 8 de janeiro de 2023​.

“Punhal Verde e Amarelo”

O plano chamado “Punhal Verde e Amarelo” envolvia ações detalhadas para eliminar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A operação, de alta complexidade técnica e militar, incluía o uso de explosivos, armamento pesado e o possível envenenamento de Lula, visto que o envenenamento foi apontado como uma das principais estratégias para eliminar o presidente. O plano foi criado para ser posto em prática em 15 de dezembro de 2022, antes da posse presidencial. O objetivo era desarticular a transição de governo e impedir a formação do novo comando político no país.

Grupo pretendia usar arsenal de guerra em plano golpista no Brasil

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (19), a operação “Contragolpe”, que prendeu 5 acusados de participarem de um plano que tinha como objetivo evitar a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os alvos eram o próprio Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. De acordo com o plano, seriam usados equipamentos capazes de derrubar paredes e até mesmo destruir blindados.

Detalhes do armamento

A operação era chamada pelos envolvidos de “Punhal verde e amarelo”. A lista de equipamentos incluía metralhadoras, fuzis, pistolas, lança-granadas e até mesmo bazucas. A apuração da Polícia Federal cita que o planejamento ocorreu em uma reunião na residência do então candidato à vice-presidência da República na chapa de Jair Bolsonaro, General Braga Netto.

Chama atenção, sobretudo, o armamento coletivo previsto, sendo: 1 metralhadora M249 –MAG – MINIMI (7,62 mm ou 5,56 mm), 1 lança Granada 40 mm e 1 lança-rojão AT4. São armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate.”

– Polícia Federal

Também seriam utilizadas quatro pistolas 9mm ou .40 e quatro fuzis 5,56 mm, 7,62 mm ou .338. O lança-rojão, o equipamento mais pesado, serve como lançador de foguetes antitanque, podendo auxiliar em combate contra blindados. Os armamentos poderiam criar aberturas ou derrubar paredes, permitindo a penetração no espaço para uma ação furtiva.


Armamento pesado seria empregado em possível golpe de Estado no Brasil (Foto: reprodução/ X/ @IvanValente)

Operação da Polícia Federal

A operação ‘Contragolpe’ se tornou pública nesta terça-feira (19) e, até o momento, resultou em 5 prisões. Entre os presos, estão militares que integravam um grupo com treinamento para missões sigilosas, os “kids pretos”, e um agente da Polícia Federal.

A operação revela um plano de sequestrar e matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, uma ação que foi apelidada pelos integrantes de “Punhal verde e amarelo”. Dentre as informações reveladas, está o plano de sequestrar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que foi abortado de última hora.

Golpistas abortaram sequestro de Alexandre de Moraes em 2022 após adiamento de uma votação no STF, aponta PF

A Polícia Federal revelou, nesta terça-feira (19), detalhes de atos golpistas, que tinham como objetivo promover um golpe de Estado no Brasil, após o resultado das eleições de 2022. Os planos incluíam sequestro e homicídio dos representantes eleitos e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O plano de sequestro de Moraes estava previsto para após a votação sobre o orçamento secreto, mas, esta que foi adiada.

Operação ‘Copa 2022’

Os autores do ato estavam se comunicando com codinomes. Em conversas divulgadas pela PF, eram usados nomes de países que disputavam a Copa do Mundo de 2022.

Em 15 de dezembro de 2022, supostamente, o grupo estaria posicionado para sequestrar Alexandre de Moraes.

“As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo ‘copa 2022’ demonstram que os investigados estavam em campo, divididos em locais específicos para, possivelmente, executar ações com o objetivo de prender o ministro Alexandre de Moraes”

Polícia Federal


Grupo que pretendia sequestrar Alexandre de Moraes estava posicionado (Foto: reprodução/ X/ @alincaaz)

A operação foi abortada, após um integrante do grupo compartilhar a informação de que a votação tinha sido adiada no STF. O motivo exato que fez o plano ser abortado ainda não foi esclarecido.

Investigação

A Polícia Federal surpreendeu o país, nesta terça-feira (19), ao deflagrar prisões que estariam ligadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado, atrelado ao resultado das eleições presidenciais de 2022. A operação foi apelidada de “Contragolpe”.

Foram 5 prisões que envolvem integrantes de um grupo de elite do Exército Brasileiro, os ‘kids pretos’. Entre os presos estão: Mario Fernandes, militar da reserva e ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL); Rodrigo Bezerra Azevedo, major; Rafael Martins de Oliveira (Joe), major; e Wladimir Matos Soares, agente da PF.

Os militares envolvidos, de acordo com a PF, possuem perfil altamente tático e tinham experiência com operações especiais e sigilosas. Os integrantes tinham um documento com a avaliação do plano, no qual consideravam a taxa de sucesso como sendo de “média para alta”.

Alckmin diz que Toyota deverá investir R$ 11 bilhões no Brasil nos próximos anos

Nesta último domingo (03), o vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), revelou que a Toyota deve fazer um anúncio na terça-feira sobre futuros investimentos no país. Um dado citado foi o de que a multinacional japonesa deve trazer R$ 11 bilhões durante os “próximos anos“.

Na terça-feira, em Sorocaba […] a Toyota anunciará investimento de 11 bilhões de reais no país nos próximos anos,” escreveu Alckmin no X, antigo Twitter.

Até o momento, a empresa afirmou que “não comenta sobre possíveis/eventuais planos futuros”, mas tudo indica que o anuncio deve ser realizado na sua fábrica de automóveis em Sorocaba (SP). O investimento é significativo, e poderá acompanhar a criação de 2 mil novos empregos, indicando a opinião positiva de investidores sobre esse setor da economia brasileira.



Governo brasileiro

O vice-presidente atribuiu a nova notícia como resultado dos programas governamentais Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e Combustível do Futuro – iniciativas que visam aumentar a qualidade do combustível nacional e moderar o seu impacto no meio-ambiente – e das decisões econômicas do governo do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com respeito à sustentabilidade.

A Toyota está no Brasil há 66 anos e vem contribuindo enormemente para o adensamento das nossas cadeias produtivas,” disse Alckmin. “Seu anúncio é uma demonstração clara da confiança dessa grande empresa japonesa em nossa economia.

Setor automotor

Em fevereiro deste ano, o presidente Lula também já se encontrou com o presidente do Grupo Hyundai Motor, Eui-Sun Chung, momento em que a empresa sul-coreana anunciou US$ 1,1 bilhão em investimentos no Brasil até 2032. Somados com outros investimentos da Renault, Volkswagen, e General Motors, fica claro o forte poder de atração que as políticas atuais sobre o setor tem surtido algum efeito.

Até 2029, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) determinou em uma pesquisa que o setor brasileiro deverá receber mais de R$ 100 bilhões, contabilizando uma quantia importante para realizar a planejada “reindustrialização” e “descarbonização” do setor automotivo.