STF julga Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta semana o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas que fizeram parte do seu governo. Todos são acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022.

O processo é resultado de uma análise extensa feita pela PGR, que reuniu mais de 500 páginas para descrever a conduta de cada um dos investigados. Só a parte que trata das ações de Bolsonaro ocupa 137 páginas. O documento foi assinado pelo procurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco.

Entre os crimes listados estão: dano qualificado por violência ou ameaça, tentativa de acabar de forma ilegal com o Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado, organização criminosa armada e golpe de Estado. As penas previstas variam de um a 17 anos de prisão, de acordo com o enquadramento de cada réu.

Papel de liderança e uso da máquina pública

Para o procurador-geral, Bolsonaro atuou como líder do grupo. Ele teria aproveitado o cargo de presidente da República para espalhar desconfiança sobre as urnas eletrônicas e sobre instituições públicas.

A acusação sustenta que houve mobilização de recursos estatais para fortalecer esse discurso, o que incluía transmissões oficiais, relatórios e eventos públicos.

Principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado democrático de Direito.”

PGR

Entre os exemplos citados pela PGR estão uma live transmitida em 2021 no Palácio do Planalto e o uso irregular de estruturas de inteligência do Estado, que ficou conhecido como “Abin paralela”. A avaliação é que Bolsonaro tentava dar uma aparência técnica a um discurso sem fundamento, falando de códigos-fonte, hackers e voto impresso, para transmitir insegurança à população.

Planejamento e ataques às urnas

Segundo os investigadores, foram apreendidos documentos que indicam a orientação para repetir continuamente críticas ao sistema de votação. A estratégia seria reforçar a narrativa de fraude e criar um ambiente de contestação caso o resultado das urnas fosse desfavorável.


Julgamento de Bolsonaro e aliados no STF: veja o que esperar (Vídeo: reprodução/YouTube/MetrópolesTV)

A denúncia também cita falas do ex-presidente em 7 de setembro de 2021, em Brasília e São Paulo, em que teria intensificado ataques ao sistema eleitoral e a autoridades do Judiciário. Para a PGR, não se tratava de críticas isoladas, mas de um movimento articulado que poderia comprometer a estabilidade democrática.

Defesa e andamento do julgamento

Na fase de interrogatório, realizada em junho, Bolsonaro negou qualquer intenção de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que nunca houve movimentação real para um golpe e classificou a denúncia como injusta.

O julgamento será conduzido na ordem estabelecida pelo STF: Alexandre de Moraes abre a votação, seguido de Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Ação pela tentativa de golpe de estado pode ser movida ainda este mês

No final do ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu a versão final do relatório da Polícia Federal, que indiciava o ex-presidente Jair Bolsonaro e 36 de seus aliados pela tentativa de golpe de Estado, incluindo a incitação da invasão ocorrida em 08 de janeiro de 2023.

Quando será apresentada a denúncia

A expectativa era que a denúncia fosse apresentada em fevereiro de 2025. Atualmente, aliados de Bolsonaro aguardam que a ação seja movida antes do recesso de Carnaval. O Supremo Tribunal Federal prevê que isso ocorra nos próximos dias para que o ex-presidente seja julgado até o final do ano, conforme o esperado inicialmente. Para viabilizar esse prazo, a Procuradoria-Geral da República precisa apresentar a denúncia já fatiada e contar com juízes auxiliares, segundo ministros da Corte.

Os grupos que cercam Jair Bolsonaro já consideram uma mobilização popular em caso de uma eventual prisão. O ex-presidente busca recuperar sua elegibilidade, o que encerraria a discussão sobre a escolha de um novo representante para a direita.


Praça dos três poderes (foto: reprodução/x/@g1)

Como o ex-presidente está se posicionando

Enquanto isso, os advogados de Bolsonaro aguardam a análise do material apreendido durante a prisão de Braga Netto. Caso a Procuradoria-Geral da República decida apresentar uma denúncia formal ao Supremo Tribunal Federal, não será necessário aguardar ou seguir os desdobramentos da investigação da Polícia Federal.

O cenário jurídico segue tenso, com a possibilidade de novas revelações e movimentações políticas influenciando o processo. A condução do caso pelo STF pode impactar diretamente o futuro político de Bolsonaro e de seus aliados, tornando os próximos meses decisivos para o desdobramento das investigações e possíveis julgamentos. O clima entre apoiadores e opositores segue polarizado, com manifestações sendo planejadas de ambos os lados. Além disso, especialistas avaliam que o desenrolar do julgamento poderá estabelecer um novo precedente para casos semelhantes no Brasil, influenciando o sistema político e jurídico do país a longo prazo.

Kim Jong-un anuncia ampliação exponencial do arsenal nuclear da Coreia do Norte

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, declarou nesta terça-feira (10) que o país está implementando uma política para aumentar “exponencialmente” seu arsenal nuclear. A afirmação foi feita durante um discurso em comemoração ao aniversário de fundação da Coreia do Norte, segundo a agência de notícias estatal KCNA. Kim destacou que a Coreia do Norte deve reforçar suas capacidades nucleares e manter-se preparada para utilizá-las “adequadamente a qualquer momento” com o objetivo de garantir a segurança do Estado.

Capacidade nuclear como prioridade

De acordo com Kim, o fortalecimento do programa nuclear é essencial diante do cenário atual, em que o país enfrenta o que ele chamou de “várias ameaças” provenientes dos Estados Unidos e seus aliados. Para o líder norte-coreano, a presença de um arsenal robusto não apenas protege a soberania nacional, mas também impede que o país seja alvo de intervenções externas.

O discurso de Kim ocorre em um momento de crescente tensão na península coreana, com o aumento de exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, o que tem gerado reações duras de Pyongyang. A Coreia do Norte, que já realizou uma série de testes de mísseis neste ano, insiste que tais manobras são provocativas e colocam a paz regional em risco.


Kim Jong-un em visita ao Instituto de Armamento Nuclear (Foto: reprodução/KCNA VIA KNS / AFP)

Resposta às ameaças externas

A ênfase de Kim na capacidade de resposta militar também reforça a postura agressiva que o país vem adotando nos últimos anos. O líder norte-coreano reiterou que o país não hesitará em usar seus armamentos nucleares para se defender, caso sinta que sua soberania está sob ameaça.

A KCNA destacou que a política de expansão nuclear visa manter a Coreia do Norte em uma posição de força e dissuadir qualquer tentativa de desestabilização do regime. No entanto, a comunidade internacional continua preocupada com a escalada das tensões na região e os possíveis impactos de uma corrida armamentista.

BBB24: Beatriz recusa abraço de Davi após sua eliminação 

Em mais uma eliminação, esta quinta-feira (11) teve uma noite de emoções para os participantes do Big Brother Brasil. Sendo eliminada com 82,61% da média dos votos, Beatriz deixou a casa e antes de sua saída definitiva passou vários momentos se despedindo dos aliados. Contudo, mesmo após ter tido seu “game over“, a ex-sister relutou em abraçar Davi. 

Beatriz e Davi

Com ambos disputando o mesmo paredão, Beatriz e Davi tiveram a relação abalada nesses últimos dias devido ao “Sincerão” desta última segunda-feira (8). Com Davi alertando Beatriz sobre algumas de suas atitudes e posicionamentos além de expor alguns de seus pontos de vista, a aliada não gostou e se sentiu pessoalmente ofendida pelas palavras do motorista de aplicativo fazendo com que a situação se agigantasse e terminasse em discussão.  

Os dias seguintes foram sensíveis, no dia após a briga, ambos tentaram conversar mas a agitação e o reforço de opiniões feitas por Davi além da negação de Bia resultaram em uma segunda discussão que se seguiu por toda a casa. Após isso, a quebra da aliança foi medida por um fio que apenas se soltou durante a eliminação de Beatriz, nesta quinta-feira (11).  

Assim que a resposta da eliminação foi dita por Tadeu, o choque de Beatriz se seguiu por alguns minutos até a ex-sister tomar consciência e começar a se despedir dos participantes. Davi pegou seus pertences e a esperou. Em primeiro momento, se recusou a abraçar Davi e em troca de palavras veio a interação dura. “Não vai me dar abraço, não?“, pergunta o baiano. “Eu sei quem eu sou“, reafirma a ex-sister. 

Pouco tempo depois, Bia cede e abraça seu ex-aliado. “Eu te falei para o seu bem“, relembra Davi. A vendedora do Brás volta a repetir que sabe quem ela é. 


Beatriz se despedindo dos participantes durante sua eliminação (Foto: reprodução/ Globo)

Reta Final do BBB

Com a saída de Beatriz, a casa agora se encontra no Top 4 com Alane, Davi, Isabelle e Matteus. Logo após a eliminação da vendedora, se deu início a última prova do programa, esta que será responsável por validar um participante para a final do programa. A prova é de resistência e os três eliminados da prova estarão diretamente no Paredão. 

A final do Big Brother Brasil é na próxima terça-feira, (16).