Dolce & Gabbana encerra semana de Alta-Moda em Roma com desfile marcante

A semana de Alta-Moda da Dolce & Gabbana chegou ao fim nesta terça-feira (16), com um desfile masculino que marcou o encerramento da programação exclusiva da maison em Roma. O evento reuniu convidados de diversas partes do mundo.

Participaram de uma imersão no universo da moda italiana em meio ao patrimônio histórico e cultural da capital. A cidade serviu de cenário não apenas para os desfiles, mas também para encontros, celebrações e momentos marcantes que exaltaram a tradição e a sofisticação da grife.

Celebridades se destacam nas ruas de Roma

Entre os nomes que mais se destacaram na última noite do evento estavam as brasileiras Silvia Braz e Maria Braz. Silvia atraiu os olhares ao circular pelas ruas romanas com um look sofisticado e elegante da Dolce & Gabbana. Ela escolheu um vestido nude com estrutura de corset, modelagem justa ao corpo, recortes estratégicos com amarrações laterais e detalhes que remetem à alfaiataria couture, o luxo da alta costura.


Silvia Braz apostou na transparência em alfaiataria couture com Dolce & Gabbana (Foto:reprodução/Instagram/@silviabraz)


O visual foi finalizado com sandálias de cetim no mesmo tom e um mix de colares dourados, resultando em uma leitura poderosa e sensual da identidade estética da marca. A produção representou perfeitamente a fusão entre tradição e modernidade que define a proposta da grife.

Estampa floral marca o visual de Maria Braz

Já Maria Braz optou por um visual que remete à feminilidade clássica e ao romantismo da maison italiana. Ela apareceu com um vestido midi floral tomara que caia, com decote estruturado que valorizava a silhueta. Para complementar, escolheu sandálias de tiras com estampa coordenada e uma minibag branca, conferindo leveza e harmonia ao conjunto.


Maria Braz usa estampa floral que transmite DNA Dolce & Gabbana (Foto: reprodução/Instagram/@mariabraz)


A escolha de Maria reforçou o DNA da marca, conhecida por suas estampas marcantes e pelo equilíbrio entre sensualidade e elegância. Ambas representaram com estilo o espírito da Dolce & Gabbana em uma das semanas mais prestigiadas do calendário da moda.

Palco da alta-costura se acende para uma nova edição inesquecível

Paris volta a ser o centro do luxo e da ousadia com o início da Semana de Alta-Costura de outono/inverno 2025–2026. O evento acontece entre os dias 7 e 10 de julho, com desfiles ao longo do dia em diferentes pontos da cidade. Ao todo, 27 maisons participam do calendário oficial, exibindo coleções que celebram o feito à mão, a exclusividade e a liberdade criativa que define a alta-costura. Os desfiles são presenciais, mas muitos também ganham transmissão online, ampliando o alcance da experiência.

O surreal toma a passarela no primeiro dia de desfiles

A estreia desta edição fica por conta da Schiaparelli, que já transforma a manhã parisiense em um espetáculo de moda e arte. Com uma estética provocadora e visual escultural, a maison abre os trabalhos com uma coleção que flerta com o surreal, sem perder o toque de elegância. Ainda no primeiro dia, nomes como Iris van Herpen, Rahul Mishra e Giambattista Valli reforçam a diversidade de estilos que compõem o cenário atual da haute couture.


Modelos na passarela do desfile de Iris Van Herpen como parte da coleção de Alta Costura Outono/Inverno 2025 (Foto: reprodução/Thomas Samson/GettyImages Embed)


O desfile se destaca pela combinação de maestria artesanal e cenários cuidadosamente elaborados, que funcionam como extensões naturais das peças. Estruturas arquitetônicas iluminadas, projeções em tempo real e trilhas sonoras originais envolvem os convidados, criando uma atmosfera sensorial onde moda, arte e tecnologia se cruzam em perfeita harmonia.

A alta-costura vive um momento decisivo

Além da moda, a semana também marca um momento de virada nos bastidores das grandes casas. Glenn Martens estreia na direção criativa da Maison Margiela, enquanto Demna apresenta sua última coleção para a Balenciaga, antes de assumir novos rumos. Grandes nomes como Chanel, Elie Saab, Giorgio Armani e Zuhair Murad completam o line-up. O encerramento, por sua vez, fica com Kevin Germanier, cuja visão sustentável e estética ousada encerram o ciclo com frescor e personalidade.


Gustavo Silvestre, mestre do crochê e da arte manual, marca presença na colaboração ao lado de Kevin Germanier (Reprodução/Miguel Schincariol/GettyImages Embed)


O encerramento da Semana de Alta-Costura em Paris reserva um protagonismo brasileiro de peso. Kevin Germanier, pela sétima vez, une forças com Gustavo Silvestre para apresentar uma coleção que transcende o luxo tradicional. A fusão da ousadia do estilista suíço com a rica tradição artesanal do brasileiro, conhecido pelo impacto social de seu trabalho com crochê, dá origem a peças que impressionam pelo brilho, textura e um discurso ambiental forte. Mais que moda, essa parceria redefine o valor do feito à mão e abre caminho para uma alta-costura com propósito — e promete deixar marcas que vão muito além da passarela.

Francesco Risso deixa Marni em meio a reestruturação criativa do grupo OTB

O estilista italiano Francesco Risso deixou o cargo de diretor criativo da Marni. O anúncio da decisão foi divulgado hoje (18) através de um comunicado feito pelo grupo OTB, que gerencia a marca. Além disso, o anúncio vem em um ano marcado por reestruturações dentro do conglomerado italiano, que gerencia além da Marni, as marcas Maison Margiela, Jil Sander, Diesel, Marni e Viktor&Rolf.

Uma década de ousadia

Desde que assumiu a direção criativa da Marni em 2016, Risso tem liderado com ousadia a nova fase da etiqueta. o uso de materiais reciclados, colaborações inusitadas e apresentações imersivas deram um novo fôlego à marca. Como resultado, o estilista trouxe um olhar mais contemporâneo para a etiqueta, ajudando a se conectar com o público global e, consequentemente, a reposicionar a marca no circuito internacional.

Renzo Rosso, presidente do Grupo OTB, comentou a trajetória de sucesso de Risso: “Francesco abraçou o espírito e os valores da maison e, junto com a equipe, levou tudo isso para novos horizontes, lançando as bases para um novo e empolgante capítulo da Marni. Francesco é um estilista único e um artista de alma, e desejo a ele apenas o melhor no futuro”, disse.


Francesco Risso comparece ao Fashion Trust Awards 2025 (Foto: reprodução/Charley Gallay/Getty Images Embed)


Através de suas redes sociais, Francesco Risso se despediu da Marni, agradecendo sua trajetória: “A Marni foi um estúdio, um palco, um sonho. Trouxe cor, instinto, atenção — e deu espaço às pessoas para serem elas mesmas. Me ensinou a construir com sentimento e mostrou o poder da verdadeira colaboração. Agora, sigo para novas jornadas”, disse Risso em uma postagem do Instagram.

Reestruturação do Grupo OTB

O grupo italiano OTB (Only The Brave) é uma holding multinacional de artigos de luxo, fundada por Renzo Rosso em 2002. Desde então, tem se consolidado como um dos principais nomes do setor. Contudo, desde o ano passado o conglomerado passa por alterações em sua estrutura criativa e executiva.


Desfile outono/inverno da Marni, com direção criativa de Francesco Risso (Vídeo: reprodução/Instagram/@marni)


Entre as mudanças, estão as saídas de John Galliano da Margiela, de Glenn Martens da Diesel e de Lucie e Luke Meier da Jil Sander. Para ocupar a posição de Lucie e Luke Meier, chega Simone Bellotti. Por sua vez, na Maison Margiela, entra Glenn Martens, simultaneamente à direção da Diesel. Vale lembrar que, desde a saída de Lucie Meier, o grupo não possui mais nenhuma mulher na liderança criativa.

Além disso, houve alterações em cargos executivos em diversas marcas do conglomerado. Até o momento não houve anúncio de quem assumirá o lugar de Francesco Risso na Marni.

Vinte anos de luxo: exposição da alta-costura Giorgio Armani Privé chega ao Armani/Silos 

Até 28 de dezembro, o Museu Armani/Silos, em Milão, recebe a exposição “Giorgio Armani Privé 2005–2025: Vinte Anos de Alta-Costura”, em celebração às duas décadas da linha Giorgio Armani Privé. A curadoria é assinada pelo próprio Giorgio Armani, que pensou cada detalhe da experiência. Com quase 150 looks, a exposição aposta em uma imersão sensorial total, pensada desde a trilha sonora até a fragrância que perfuma o espaço. 

Moda que envolve todos os sentidos

As quase 150 criações, divididas pelos 4 andares do museu, não são apresentados em ordem cronológica, mas sim por temas. A exposição, cuidadosamente pensada pelo estilista italiano, busca explorar um lado mais intimista e imersivo, as paredes são escuras para destacar as peças, além disso a música ambiente e o perfume que está no ar durante a visita — Bois d’Encens, da linha Privé — privilegiam a atmosfera sensorial. 


Giorgio Armani desfila na passarela durante o evento Giorgio Armani Privé Haute Couture Outono/Inverno 2024-2025 (Foto: reprodução/Marc Piasecki/Getty Images Embed)


20 anos de elegância e inovação

Desde 2005, a linha Giorgio Armani Privé tem como marca registrada a elegância e a sofisticação. Ao longo de duas décadas, as coleções que mesclam minimalismo e elegância conquistaram espaço nas passarelas de Paris e nos tapetes vermelhos mais importantes do mundo. Armani consegue, como poucos, misturar tradição e inovação, com toques de modernidade em cada coleção, mas sem perder o DNA da marca. 

A exposição convida o público a percorrer pelos capítulos dessa história. São cerca de 150 peças que vão desde vestidos ultra elaborados, que levam semanas para serem finalizados, até looks utilizados por atrizes como Cate Blanchett, Demi Moore e Zendaya nos principais tapetes vermelhos do mundo.


Cate Blanchett no desfile Giorgio Armani Privé Haute Couture (Foto: reprodução/Marc Piasecki/Getty Images Embed)


Mais do que uma retrospectiva, a mostra no Armani/Silos é uma celebração da elegância e da visão de Giorgio Armani. Uma chance de se aprofundar no universo da alta-costura e entender como, há 20 anos, o estilista transforma tecidos, formas e detalhes em peças que são verdadeiras obras de arte.

Rabanne exalta o funk carioca em coleção filmada na Rocinha

Em uma ousada celebração da cultura periférica brasileira, a grife francesa Rabanne lançou sua coleção de alto verão 2025 inspirada no funk carioca. A campanha foi gravada na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, reunindo mais de 70 participantes entre artistas, DJs e dançarinos locais. Com styling vibrante e estética urbana, a marca levou para a moda internacional o ritmo, a energia e o estilo dos bailes funk. A iniciativa reforça a valorização de expressões culturais marginalizadas por meio da alta-costura.

A coleção reflete a energia e o estilo dos bailes funk, com peças que mesclam elementos urbanos e sofisticados. A Rabanne, conhecida por sua estética futurista e uso de materiais inovadores, incorporou tecidos brilhantes, cortes ousados e acessórios chamativos, evocando a atmosfera vibrante das festas cariocas.

Uma celebração do funk carioca

Intitulada “Do anoitecer ao amanhecer”, a campanha da coleção de alto verão 2025 da Rabanne foi gravada na Rocinha, no Rio de Janeiro, e nasceu no espaço entre o pôr e o nascer do sol, segundo a marca. A direção ficou a cargo de Emmanuel Cossu, com fotografia de Melissa de Oliveira, artista visual nascida no Morro do Dendê. A campanha contou com mais de setenta participantes, incluindo artistas, bailarinos e DJs dos bailes da Rocinha. O styling foi assinado por Flávia Lafer, e a direção criativa ficou por conta de Alexia Niedzielski e Mari Stockler.


Uma das principais fotos da nova coleção da Rabanne que homenageia o funk carioca (Foto: reprodução/Instagram/@rabanne)


Rabanne mergulha no funk carioca com nova coleção (Foto: reprodução/Instagram/@rabanne)


Resgatando as raízes de Paco Rabanne

A escolha de homenagear o funk carioca também remete às raízes do fundador da marca, Paco Rabanne. Na década de 1980, ele fundou uma gravadora de funk e soul, a Paco Rabanne Design, e abriu o clube Black Sugar em Paris, dedicado à música afro-caribenha. Além disso, Paco Rabanne foi pioneiro ao escalar modelos negras em seus desfiles, promovendo a diversidade na moda.

A nova coleção da Rabanne não apenas celebra o funk carioca, mas também reforça o compromisso da marca com a inclusão e a valorização de culturas diversas. Ao trazer a estética e a energia dos bailes para o cenário da moda internacional, a grife destaca a importância de reconhecer e celebrar as expressões culturais periféricas.

Com essa iniciativa, a Rabanne reafirma seu papel como uma marca inovadora e conectada com as tendências culturais contemporâneas, promovendo uma moda que é ao mesmo tempo, ousada, inclusiva e celebraria das diversas identidades que compõem o cenário global.

Carolina Herrera anuncia desfile em Madri

A maison Carolina Herrera apresentará, na noite de 18 de setembro, sua coleção primavera-verão para 2026. O desfile, que já passou pela Cidade do México e pelo Rio de Janeiro, acontecerá durante o primeiro dia da Semana de Moda de Londres. Esta será a primeira vez em que a maison apresentará uma coleção principal fora da Semana de Moda de Nova York.

Wes Gordon, diretor criativo da grife, disse:

“Esta será a nossa terceira incursão num desfile-itinerante e pareceu-nos o momento certo para experimentar mais e levar uma coleção principal para o estrangeiro, embora continuemos e continuaremos focados em desfilar na Semana da Moda de Nova York”.
Wes Gordon

A maison irá realizar, ainda, um evento privativo para seus clientes em homenagem à NYFW na noite anterior ao início do desfile.


Desfile outono inverno 2025/2026 da Carolina Herrera na NYFW. (Vídeo: Reprodução/YouTube/Fashion Feed)

Nos últimos anos, várias maisons têm escolhido a Espanha para exibir seus desfiles. Em 2022, por exemplo, a Dior apresentou sua coleção Cruise em Sevilha, enquanto a Louis Vuitton escolheu Barcelona.

Semelhantemente à apresentação da sua coleção Resort 2025 na Cidade do México, a Carolina Herrera irá colaborar com artesãos locais em peças de sua coleção. “O ponto de partida sempre foi contar as suas histórias e utilizar esta plataforma para mostrar o seu talento e criatividade, que vão do mais tradicional e folclórico ao moderno e contemporâneo”, disse Gordon.

Wes Gordon e Carolina Herrera compartilham histórias com a cidade

Embora ainda não tenha um local definido para o desfile, Wes Gordon adianta que será um local “iconicamente madrilenho”. Gordon e Carolina Herrera têm uma história com Madri. Em 2023, a marca foi patrocinadora da exposição Maestras, uma mostra de mais de 100 obras de artistas. Gordon também participou do programa Fashion Fund da Vogue España. 

“Madri é uma cidade moldada pela história, mas nunca presa a ela; há um fascínio na forma como o passado coexiste com o presente”, acrescentou Gordon.

Carolina Herrera

A Carolina Herrera é uma casa de alta costura fundada em 1981 por Carolina Herrera, na cidade de Nova York. Além disso, a maison é conhecida por suas linhas para noivas, roupas prêt-à-porter e pela linha CH Carolina Herrera. Desde 2018, Wes Gordon atua como diretor criativo da marca; anteriormente, em 2017, ele havia iniciado sua trajetória como consultor criativo da maison.

Embora a maison prometa retornar ao calendário de Nova York em 2026, a mudança acontece em um momento empolgante para a empresa, cuja fragrância Good Girl é, atualmente, a fragrância feminina mais vendida do mundo.

Prada desafia normas de feminilidade em sua nova coleção inverno

A Prada em seu desfile trouxe uma reflexão sobre a feminilidade em sua coleção outono-inverno 2025/2026, apresentada na Semana de Moda de Milão. Sob o comando de Miuccia Prada e Raf Simons, a marca apostou em peças que desafiam convenções, equilibrando elegância e funcionalidade.

Sobre momento difícil e Moda

Nos bastidores foi perguntado a Miuccia Prada e ao co-designer Raf Simons em relação aos vestidos pretos, que haviam iniciado o desfile, se eram uma indireta sobre a obsessão da moda com vestidinho preto, o designer riu e relatou: “ Que não, mas que estamos em um momento muito negro, e este é um momento muito difícil”.

Ainda comentou: “Que não é seu trabalho ser político, mas toda vez que você abre um jornal, ‘Meu Deus!’exclama o designer, e diz que seu trabalho é pensar sobre quais roupas uma mulher pode usar, e quais tipos de feminilidade faz sentido neste momento”.



Ainda, contou que os vestidos , saias e casacos foram generosamente cortados, para permitir que o corpo feminino se movimentasse livremente. “ Disse que quando se pensa em beleza feminina, em roupas, as mentes vão logo para algo restrito”

Segundo o site The Guardian, o designer relatou ainda: “ Eu olho ao redor agora e vejo tantos espartilhos, vejo mulheres com muito trabalho, e muitas vezes movimentos restritos, mas que desta vez gostaria que fosse de libertação”.

Que se trata de moda, mas não apenas sobre moda”, diz  Raf Simons, e para destacar a mensagem de libertação, o desfile trouxe referências sobre as décadas de 1950 e 1960, a coleção explorou cortes amplos e estruturados, deixando de lado as silhuetas tradicionalmente associadas à feminilidade. Vestidos shift oversized, ternos de alfaiataria impecável e detalhes sofisticados, como golas clássicas e botões de pérola, trouxeram um novo olhar sobre o que significa se vestir de forma feminina.

Sobre as cores para nova estação

E sobre a cartela de cores, transitou entre tons neutros e vibrantes, criando um contraste interessante entre sobriedade e ousadia. O destaque ficou para a ausência de vestidos de noite convencionais, substituídos por peças com um glamour mais sutil.

O inverno 25/26 para a Prada não é apenas sobre roupas, mas também sobre questionar padrões e oferecer novas perspectivas sobre o que significa ser feminina hoje.

Beyoncé traz o country para a alta costura, no Grammy 2025

No último domingo (02), aconteceu em Los Angeles, a 67ª edição do Grammy Awards, a maior premiação da música mundial. Entre os destaques da noite, Beyoncé brilhou como a artista mais indicada e mais premiada, consolidando, mais uma vez, seu nome na história da música. Com seu álbum “Cowboy Carter”, a cantora não apenas conquistou o cobiçado troféu de Álbum do Ano, mas também fez história, ao se tornar a primeira mulher negra a vencer a categoria de Melhor Álbum Country.


Beyoncé durante discurso na premiação (Foto: reprodução/Kevin Winter/Getty Images embed)


Discurso durante premiação 

Ao receber o prêmio de Melhor Álbum Country, entregue por Taylor Swift, Beyoncé fez um discurso impactante. “Quero encorajar as pessoas a fazerem o que são apaixonadas”, disse a cantora. “Acho que gênero é uma palavra fria para nos manter em nossos lugares como artistas”. Suas palavras reforçam sua postura inovadora e sua busca por quebrar barreiras dentro da indústria musical.

Rodeio Couture

Além de seu sucesso musical, Beyoncé chamou atenção com o look escolhido da Schiaparelli Haute Couture, assinado por Daniel Roseberry. A cantora optou por um vestido de gola alta, bordado com um padrão sutil de bandana paisley em tons de cru e dourado, adornado com uma pérola central. O visual foi complementado com luvas longas e uma estola de penas bordadas, trazendo uma fusão impecável entre a alta-costura e o estilo country-western.


Queen Bey (Foto: reprodução/Kevin Winter/Getty Images embed)


A escolha da cantora americana marca uma fusão entre o estilo country e a alta costura, onde reúne elementos dos dois mundos.

O Futuro de ‘Cowboy Carter’

A vitória no Grammy também serviu como uma excelente plataforma para o próximo passo na carreira de Beyoncé: sua turnê “Cowboy Carter”, anunciada durante o fim de semana. Embora as datas ainda não tenham sido divulgadas, a expectativa para os shows é alta, já que a cantora promete continuar explorando a estética country em suas performances e figurinos.

Noite de Grandes Destaques

Além de Beyoncé, outros artistas brilharam no Grammy 2025. Kendrick Lamar e Sabrina Carpenter estiveram entre os grandes destaques da premiação, mostrando a diversidade e a força da música atual. No entanto, foi Beyoncé quem dominou a noite, reafirmando seu posto como a artista mais premiada da história do Grammy e uma força imbatível na indústria musical.

Miss Sohee apresenta uma Alta Costura dramática e sensual 

A designer sul-coreana Sohee Park, à frente da grife Miss Sohee, apresentou sua coleção de alta-costura para o verão de 2025, reforçando seu status como uma das novas promessas da moda de luxo. O desfile, realizado no histórico Hôtel Pozzo di Borgo, trouxe uma fusão de elegância clássica e ousadia contemporânea, com inspirações que remetem tanto à mitologia quanto à moda vintage.


Miss Sohee Alta Costura verão 2025 (Reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Formas naturais e a exaltação da feminilidade

Com apenas 28 anos, Sohee Park vem conquistando espaço na alta-costura, apostando em silhuetas ampulheta, caudas longas, corsets e saias rodadas. A estilista, que já brilhou nas passarelas de Milão com apoio da Dolce & Gabbana, reforçou sua assinatura nesta coleção ao incorporar elementos inspirados na natureza, como pétalas e conchas, reinterpretados de forma luxuosa.


Miss Sohee Alta Costura verão 2025 (Reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


A influência da “Vênus de Botticelli” foi evidente em diversas peças, especialmente naquelas adornadas com bordados em formato de conchas e pedras preciosas. Vestidos esvoaçantes e estruturados foram combinados com macacões de renda, minissaias ousadas e botas de cano alto, criando um contraste entre o clássico e o moderno. Cada detalhe foi pensado para realçar a silhueta feminina de maneira sofisticada e sensual.

Teatro da moda

A atmosfera teatral do desfile não passou despercebida. Os modelos não apenas caminhavam pela passarela, mas apresentavam performances dramáticas, reforçando a identidade visual marcante da coleção. Tecidos luxuosos, como sedas e tafetás, foram trabalhados com bordados minuciosos e incrustações de madrepérola, trazendo um brilho extra às peças.


Miss Sohee Alta Costura verão 2025 (Reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)


Celebridades como Cardi B. e Bella Hadid já demonstraram interesse pelo trabalho de Sohee Park, consolidando sua marca entre as mais desejadas do momento. O reconhecimento internacional e a inclusão na programação oficial da alta-costura francesa apenas reforçam a ascensão meteórica da designer.

Dramática, feminina e inovadora

Miss Sohee provou que a alta-costura pode ser, ao mesmo tempo, dramática, feminina e inovadora. Com uma abordagem que equilibra o glamour ocidental e a graça oriental, a coleção verão 2025 reafirma a moda como uma forma de expressão artística e cultural, colocando Sohee Park entre os grandes nomes do futuro da moda de luxo.

Germanier traz o crochê brasileiro para a Alta Costura

A Semana de Alta Costura de Paris sempre surpreende com criações exuberantes e inovações técnicas, e a edição de primavera/verão 2025 não foi diferente. O estilista suíço Kevin Germanier encerrou o evento com um desfile vibrante, repleto de cores e texturas únicas. No centro desse espetáculo estava a colaboração com o brasileiro Gustavo Silvestre, que trouxe sua expertise em crochê para dar um toque artesanal e sofisticado às peças apresentadas.


Germanier Alta Costura 2025 (Foto: reprodução/Francois Durand/Getty Images Embed)


Quem é Kevin Germanier? 

Formado pela Universidade de Arte e Design de Genebra e pela Central Saint Martins, Kevin Germanier tem se destacado no mundo da moda por sua abordagem inovadora, unindo glamour e sustentabilidade. Antes de lançar sua própria marca em 2018, ele acumulou experiência colaborando com grandes nomes da indústria, como Shanghai Tang, na China, e Louis Vuitton, em Paris. Seu trabalho se diferencia pelo uso criativo de tecidos reaproveitados, além de pérolas e strass, resultando em peças marcantes que conquistaram celebridades como Kristen Stewart e Björk.

O Crochê como expressão de Alta Costura

Gustavo Silvestre já vinha colaborando com Germanier em coleções de prêt-à-porter, mas esta foi a primeira vez que sua arte manual entra oficialmente no universo da alta-costura. O crochê, muitas vezes associado a um estilo clássico e tradicional, foi reinterpretado pelo designer brasileiro de forma contemporânea, com um olhar ousado e inovador. Cada peça demandou horas de trabalho minucioso, reforçando o valor da exclusividade e do feito à mão, pilares essenciais da alta-costura.


Germanier Alta Costura 2025 (Foto: reprodução/Francois Durand/Getty Images Embed)


A coleção apresentou vestidos curtos e justos adornados com bordados coloridos e miçangas, criando um efeito visual impactante. Entre os destaques, estavam peças com volumes estratégicos e uma paleta cromática vibrante, resultado da fusão entre a estética maximalista de Germanier e a precisão artesanal de Silvestre. O estilista suíço enfatizou o uso de materiais sustentáveis, incluindo roupas de segunda mão e sobras de oficinas de diversos países, como Brasil e Índia.

Uma ressignificação sobre um tipo de trabalho ancestral e manuel, por meio de técnicas que resultam em peças singulares que representam a moda brasileira em território parisiense. 

Projeto Ponto Firme como transformação social

A colaboração entre Silvestre e Germanier não se limita ao universo da moda; ela carrega um forte impacto social. No Brasil, as peças desenvolvidas para o desfile demandaram mais de 640 horas de trabalho e contaram com a participação de dez artesãs do Projeto Ponto Firme. Criado por Silvestre em 2015 dentro de uma penitenciária masculina, o projeto expandiu-se em 2020 com o Ateliê Ponto Firme, oferecendo capacitação e oportunidades para mulheres trans e cis em situação de vulnerabilidade.


Germanier Alta Costura 2025 (Foto: reprodução/Francois Durand/Getty Images Embed)


“Essa coleção é uma celebração da moda como arte e transformação. No Ateliê Ponto Firme, aqui em São Paulo, temos explorado novas possibilidades para o crochê, utilizando materiais inovadores e volumes impactantes. É gratificante ver como uma técnica ancestral pode ser ressignificada na alta-costura, mostrando o potencial ilimitado do trabalho manual”, afirmou Silvestre em entrevista.

A parceria entre os designers reafirma o crochê como uma expressão sofisticada dentro da moda contemporânea. Mais do que um simples detalhe artesanal, ele se consolida como uma técnica poderosa, capaz de unir tradição, inovação e impacto social. Com essa colaboração, Gustavo Silvestre e Kevin Germanier provaram que a moda pode ser ao mesmo tempo artística, sustentável e inclusiva, redefinindo os conceitos de luxo e criatividade na alta-costura global.