Nessa sexta-feira (03), a revista L’officiel Hommes Brasil divulgou que a cantora brasileira, Anitta, estampará a capa da edição #32 que virá com o nome de “No topo do mundo”. A publicação foi postada em colaborativo com os perfis da artista e da própria revista por volta das quatro horas da tarde e, em menos de três horas, conquistou mais de mil e duzentos comentários, em sua maioria, enaltecendo a escolha do veículo.
A revista
Beleza, mas qual a importância dessa conquista de Anitta? A L’officiel Brasil é uma revista de origem francesa que chegou ao Brasil em meados de 2012. O veículo aposta, principalmente, na comunicação com o público feminino. Ao entrar no site podemos nos deparar com diversas categorias: moda, beleza, cultura, viagem, gastronomia e algumas outras.
Mas, entre elas, existe uma que chama a atenção, também pelo seu nome francês: a categoria “Hommes”. Esse termo, em português, quer dizer “homens”, e é essa vertente da revista que escolheu Anitta como o rosto da capa de sua nova edição. Isso quer dizer que a cantora, uma mulher, é a protagonista da capa de uma revista cujo público-alvo são os homens brasileiros, e não mulheres como a revista original.
Anitta como capa da 32ª edição da L’officiel Hommes Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@lofficielhommesbrasil/@lofficielbrasil/@anitta)
Embora para alguns essa escolha seja controversa, os quase mil e trezentos comentários são, majoritariamente, de elogios ao editorial.
A edição
Na matéria de divulgação da nova edição, a L’officiel Hommes Brasil escolheu escrever uma nota de repúdio para justificar o porquê escolheram a funkeira para essa capa. Logo nas primeiras linhas a revista diz que durante muito tempo os papéis de gênero para nos segmentar no mundo foram aceitáveis. Enquanto os homens eram provedores, as mulheres eram do lar. Contudo, em continuidade, o veículo afirma que, para as gerações atuais, essas atribuições já não fazem mais sentido algum.
L’officiel Hommes Brasil
“Quem entendeu o recado em alto e bom som foi a indústria da moda, que logo transformou “coisa de menino e coisa de menina” em assuntos démodés. Agora vale o pertencimento; e quem define o melhor uso para o termo é o indivíduo. Então, se fazia sentido ter revista para públicos distintos, parece que a dissociação de pautas caiu por terra. Sim, cada vez mais as publicações convergem para a pluralidade.”
Em sequência, a revista diz que as pessoas já não procuram mais ler matérias com uma pegada sexual e machista, onde antigamente se exibiam corpos nus, e dicas de flerte. Os gostos atuais são por assuntos de beleza, viagens, tecnologia, carreira e muitas outras.
“Se o recheio vem bombado de assuntos interessantes, a capa precisa trazer nomes poderosos.”
L’officiel Hommes Brasil
Logo, se a edição precisa de alguém “no topo do mundo” para ilustrar uma carreira de sucesso, não há quem discorde que Anitta é possivelmente a melhor escolha para isso. Independente de ser originalmente uma revista pensada para homens, o que L’officiel Hommes Brasil quer passar ao público é que as funções de gênero já não importam mais, e vai mais além: homens também podem, e devem, se inspirar em figuras femininas poderosas como Anitta.
