Ataque antissemita mata duas pessoas em Washington

Na noite da última quarta-feira, um atentado trágico abalou a capital dos Estados Unidos. Dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington foram assassinados a tiros ao saírem de um evento no Museu Judaico da Capital. As vítimas, Yaron Lischinsky, cidadão israelense, e Sarah Lynn Milgrim, americana, estavam deixando uma recepção organizada pelo Comitê Judaico Americano para jovens diplomatas quando foram atacadas por Elias Rodriguez, de 31 anos, natural de Chicago. Ao ser detido no local, Rodriguez teria gritado “Palestina Livre”, o que levou as autoridades a tratarem o caso como um possível crime de ódio e ato de terrorismo com motivações antissemitas.

Dados informados pela polícia

A comoção foi imediata. A Polícia Metropolitana de Washington aumentou a presença de agentes em locais sensíveis da cidade, como sinagogas, escolas judaicas e o Centro Comunitário Judaico. “Estamos lado a lado com nossa comunidade judaica”, declarou a chefe de polícia Pamela A. Smith, durante uma coletiva. A prefeita da cidade, Muriel Bowser, também tomou providências rápidas, convocando uma reunião emergencial com líderes religiosos, vereadores e representantes das forças de segurança para reforçar as medidas de proteção.


Imagens do local após o ataque (Foto: reprodução/x/@g1)

Internacionalmente, o impacto também foi significativo. França, Itália e Alemanha, em solidariedade e alerta, reforçaram a segurança em consulados israelenses, centros religiosos e monumentos relacionados à cultura judaica. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o ataque em suas redes sociais, classificando-o como um ato antissemita e reafirmando que “o ódio e o radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos”.

Falas do primeiro ministro

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se pronunciou, expressando solidariedade às famílias das vítimas e cobrando justiça das autoridades americanas. Segundo o embaixador de Israel nos EUA, Yechiel Leiter, os dois funcionários mantinham um relacionamento e planejavam uma viagem a Jerusalém, durante a qual Lischinsky pretendia pedir Sarah em casamento. A tragédia interrompeu abruptamente os sonhos do casal e reacendeu preocupações globais sobre segurança em tempos de tensão crescente.

O ataque ocorreu em uma área central e simbólica de Washington, próxima ao Capitólio, ao Departamento de Justiça e ao escritório local do FBI, o que evidencia o nível de audácia e risco envolvido. A investigação continua, e o mundo observa atento os desdobramentos deste crime que reforça a urgência no combate ao extremismo e ao ódio religioso.

Kanye West é indiciado por ameaçar raspar cabeça de alunos em escola

Segundo informações divulgadas nesta terça-feira (2) pelo jornal americano Page Six, Kanye West foi acusado de ameaçar alunos da Donda Academy, escola particular que leva o nome da mãe do artista. Com viés cristã e fundada por ele em 2022, West teria intimidado os estudantes ao dizer que iria prendê-los e também raspar as suas cabeças. 

O responsável por relatar o ocorrido foi o ex-funcionário Trevor Phillips, atuante na marca de roupas Yeezy e em demais negócios do rapper. O jornal também apontou que Phillips alegou ter sofrido ameaças severas e abuso por parte do ex-chefe.

Kanye West fala sobre tópicos antissemitas com alunos

Não é de hoje que Kanye West ataca grupos minoritários ou causa alvoroço com falas no mínimo intolerantes e discriminatórias. Os discursos do rapper já causaram quebra de contrato por parte da Adidas, por exemplo, por não tolerar comentário antissemita. 

Mais recentemente, de acordo com relato de Phillips, West levava às crianças opiniões sobre antissemitismo e as dizia com orgulho. Além de ter falado a dois alunos sobre raspar suas cabeças, também ameaçou colocá-los numa cadeia dentro da escola.


Donda C. West é mãe do rapper e produtor Kanye West (Foto: reprodução/Monica Morgan/Getty Images Embed)


Donda Academy já foi fechada por conta de falas similares do artista no passado, em dezembro de 2022. Segundo o ex-funcionário, o que era pra ter sido um jantar se transformou em um discurso retórico e ofensivo por parte de West. O cantor chamou os judeus de “miseráveis”, negou a existência do Holocausto e também elogiou a figura de Adolf Hitler.

Cantor teria ameaçado a comunidade LGBTQ+

De acordo com Trevor Phillips também para o Page Six, Kanye West não se limitou ao antissemitismo, mas também teceu comentários preconceituosos em direção ao grupo LGBTQ+. 

West teria pronunciado que pretendia atacar os “gays” em seguida. Para o rapper, Bill Gates, fundador da Microsoft, “controla” os homossexuais. 

Trevor Phillips foi demitido em maio de 2023 e espera receber indenização de R$ 117 mil reais.