Google Maps lança recurso para ajudar motoristas a localizar o carro estacionado

O Google Maps passou a contar com uma nova funcionalidade voltada a um problema comum do dia a dia urbano: lembrar onde o carro foi estacionado. A atualização permite que o aplicativo registre automaticamente a localização da vaga e mostre o ponto no mapa quando o usuário volta a abrir o app.

O sistema funciona de forma integrada ao veículo. Ao identificar o encerramento do trajeto — geralmente quando o celular é desconectado por USB, Bluetooth ou Apple CarPlay — o Maps salva automaticamente a posição do estacionamento. O registro fica disponível por até 48 horas, facilitando a busca mesmo após um período prolongado longe do carro.

Registro automático dispensa ação do usuário

Antes da atualização, o Google Maps já oferecia a possibilidade de salvar o local do estacionamento, mas a função exigia que o motorista realizasse o registro manualmente. Com a novidade, o salvamento passa a ocorrer de forma automática, desde que o celular esteja conectado ao carro durante o deslocamento.


Imagem de carro estacionado no google maps (Foto: reprodução/x/@Pakwheels)


No mapa, o ponto do estacionamento aparece em destaque e pode incluir um ícone personalizado do veículo, caso essa configuração esteja ativada pelo usuário no aplicativo.

Por enquanto, o recurso automático está disponível apenas para dispositivos iPhone e iPad. Usuários do sistema Android continuam com acesso ao recurso tradicional, que depende do salvamento manual da vaga. O Google ainda não divulgou uma previsão para a liberação da função automática no Android.

Função simples com impacto prático

Apesar de discreta, a novidade reforça a proposta do Google Maps de ir além da navegação e se consolidar como uma ferramenta de apoio no cotidiano. O recurso é especialmente útil em locais como shoppings, aeroportos, eventos e grandes estacionamentos, onde identificar a vaga pode se tornar um desafio.

Com a atualização, o aplicativo passa a atuar também como uma espécie de “memória digital” para motoristas, reduzindo o tempo gasto na procura pelo carro e evitando situações de estresse comuns na rotina urbana.

Matéria por  Breno Campos

Lula sanciona nova lei de empréstimos para CLT e apps

Nesta sexta (25), o presidente Lula sancionou uma medida provisória, chamada “Crédito do Trabalhador”, que estende o empréstimo consignado a empregados do regime CLT e trabalhadores de aplicativos. A lei n.º 15.179, foi publicada no Diário Oficial da União.

Sanção e vetos

A Medida Provisória (MP) foi editada por Lula em março deste ano e neste mês passou pelo congresso onde sofreu algumas alterações, por conta disso o presidente acabou vetando alguns trechos com o argumento de ferir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O Planalto justificou os vetos, pois tais trechos exigiam compartilhamento automático de informações com plataformas de cadastro e proteção ao crédito, sem autorização livre e informada. A decisão reforça a prioridade dada à privacidade dos usuários da política de crédito, garantindo que o trabalhador seja consultado e esteja de acordo com o uso dos dados necessários. 

Visto como um dos trunfos para a eleição de 2026, a medida busca estimular a economia e reduzir as taxas de crédito, aumentando a oferta de crédito. Segundo o Ministério do Trabalho, somente entre março e junho de 2025, mais de R$ 14 bilhões em empréstimos já foram contratados por meio dessa linha.


Entregador de aplicativo (Foto: reprodução/ NurPhoto/Getty Imagens Embed)


Funcionamento e impacto

A lei moderniza o sistema de empréstimo, aplicando seu alcance para qualquer pessoa empregada formalmente no setor privado, incluindo trabalhadores rurais, domésticos e até microempreendedores individuais (MEIs) com carteira assinada, conseguem acessar o crédito consignado sem necessidade de convênio entre a empresa e o banco.

Pensada para ser acessada principalmente através via Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o trabalhador pode solicitar o crédito e receber uma proposta em até 24 horas que pode ser concluída diretamente pelo aplicativo.  

Já para trabalhadores de aplicativos foi criada uma versão específica, onde as parcelas dos contratos serão debitadas automaticamente da conta bancária do trabalhador, semelhante ao descontos em folha do consignado tradicional. A lei prevê ainda que o valor das parcelas não pode ser maior que 30% dos valores recebidos da plataforma e que é necessário a existência de um vínculo entre a plataforma e um banco consignado.

O governo estima que ao longo de 4 anos o valor total de empréstimos pode chegar a R$ 120 Bilhões e beneficiar mais de 19 milhões de pessoas. Essa lei tem o potencial de impulsionar a economia e modernizar o sistema financeiro.

“Cade” investiga Apple por abuso de posição dominante no Brasil

A Superintendência- Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) anunciou nesta ultima segunda-feira a abertura de um processo administrativo contra a Apple, o processo foi aberto em resposta a acusações de abuso de posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos.

A denúncia que foi apresentada pelo Mercado Livre em 2022, inclui reclamações sobre restrições impostas pela gigante americana que prejudicam a concorrência.

De acordo com o Cade, a Apple terá que adotar medidas preventivas para evitar práticas consideradas anticompetitivas. Entre as determinações estão a permissão para que desenvolvedores ofereçam alternativas à App Store e o fim da obrigatoriedade de aceitação dos termos do sistema de pagamento da empresa. Caso não cumpra as exigências, a Apple poderá ser multada em R$ 250 mil por dia.

Ambiente hostil

A Superintendência destacou em nota que “foi concedida medida preventiva para fazer cessar os efeitos anticompetitivos da prática investigada”. O órgão avalia que os termos e condições impostos pela Apple para o funcionamento do iOS, seu sistema operacional, podem resultar no fechamento de mercados como distribuição de aplicativos, bens e serviços digitais e sistemas de processamento de compras, além de criar um ambiente hostil para o livre mercado.

Batalha com a Epic Games

As restrições da Apple já haviam sido alvo de reclamações semelhantes em outros países. Em 2024, a Epic Games, produtora do jogo Fortnite, alegou que a Apple dificultava o lançamento de sua loja de aplicativos na Europa. Já no Brasil, o Mercado Livre aponta que as políticas da empresa prejudicam serviços concorrentes, como streaming de música e vídeo.


Apple já vinha enfrentando batalha similar com Epic Games (Foto: reproduçao/Getty Images News/Sean Gallup/Getty Images Embed)


Além das medidas preventivas, o Cade determinou que a Apple forneça, em até 20 dias, ferramentas que ampliem as opções de distribuição de aplicativos e sistemas de pagamento no Brasil. As exigências permanecerão em vigor até o julgamento final do caso, que pode influenciar o mercado global de tecnologia e a regulação de grandes plataformas digitais.

Empresas abrem ação para bloquear lei dos EUA

A controladora ByteDance e a sua empresa “TikTok” abriram um processo nesta terça-feira (7) em um tribunal federal tentando bloquear a lei, criada pelo presidente dos EUA em 24 de abril, que força a venda do aplicativo até 19 de janeiro no país, caso não seja cumprido, a pena será a proibição o APP nos Estados Unidos.

As empresas alegaram que a lei viola a Constituição do país por diversos motivos, entre eles, a liberdade de expressão.


TikTok e ByteDance (Foto: Reprodução/Olhar Digital)

“Pela primeira vez na história, o Congresso promulgou uma lei que sujeita uma única plataforma de discurso a uma proibição permanente e nacional.”

Declaração das empresas no processo

O processo diz o seguinte:

“Simplesmente não é possível: nem comercialmente, nem tecnologicamente, nem legalmente (…) Não há dúvida: a lei forçará o fechamento do TikTok até 19 de janeiro de 2025, silenciando os 170 milhões de norte-americanos que usam a plataforma para se comunicar.”

Processo sobre a venda do TikTok

A Casa Branca não comentou sobre o assunto.

Motivações da lei

Os parlamentares alegaram, ainda sem provas, que por meio do aplicativo a China poderia espionar e roubar dados dos norte-americanos. A lei foi aprovado pela maioria do congresso após algumas semanas somente. O TikTok alegou que jamais vazaria informações de usuários americanos, e que as alegações são “especulativas”.

Ela impõe a proibição para que as lojas de aplicativos ofereçam o TikTok e proíbe que os serviços de hospedagem na Internet ofereçam suporte a rede social. As empresas solicitaram à Justiça que impeça o Merrick Garland procurador-geral dos EUA, de aplicar a lei.

Sobre a transferência do código-fonte do TikTok para os EUA “levará anos para que um conjunto totalmente novo de engenheiros adquira familiaridade suficiente”, de acordo com o processo.

Segurança dentro do aplicativo

A empresa investiu 2 bilhões de dólares na segurança de dados dentro do aplicativo com os usuários norte-americanos, além de assumirem compromissos adicionais com uma minuta de noventa páginas do Acordo de Segurança Nacional montado por meio de negociações com o Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos (CFIUS), um dos tópicos da minuta é uma ”opção de desligamento” para o governo dos Estados Unidos permitindo assim que eles suspendam a rede social do país caso o aplicativo viole alguma das obrigações.