Incêndio atinge Pavilhão dos Países na COP30

Um incêndio atingiu o Pavilhão dos Países na tarde desta quinta-feira (20). O espaço fica na Zona Azul da COP30, em Belém-PA. A princípio, o fogo começou pouco depois das 14h e gerou correria entre visitantes e equipes técnicas. Sobretudo, a organização afirmou que as chamas foram controladas em seis minutos, mas reforçou que 19 pessoas receberam atendimento após inalar fumaça.

Evacuação imediata e suspensão das atividades

Imediatamente, equipes de segurança ordenaram a evacuação completa da área, o que interrompeu todos os trabalhos da conferência. A United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC) informou que os bombeiros iniciaram uma checagem minuciosa das instalações e que a Zona Azul ficará fechada até, pelo menos, 20h. 


Incêndio atinge pavilhão da COP30 (Vídeo: reprodução/YouTube/Itatiaia)


A área concentra salas de reuniões, espaços de negociação e estandes nacionais, e abriga debates decisivos sobre a agenda climática. Localizado na entrada da Blue Zone, o espaço recebe mesas temáticas e apresentações de delegações e organizações internacionais.

Hipóteses iniciais e avaliação das autoridades

O governador do Pará, Helder Barbalho, disse à jornalista Andréia Sadi que as equipes trabalham com duas hipóteses iniciais. A primeira envolve uma possível falha em um gerador. Já a segunda, considera um curto-circuito em um stand. Nesse sentido, as investigações continuam e incluem análises técnicas sobre cabos, equipamentos e sistemas elétricos.

Apesar da ação rápida das equipes de emergência, o incidente ampliou preocupações anteriores sobre falhas estruturais no evento. A ONU havia alertado, há uma semana, sobre vulnerabilidades que exigiam resposta imediata. A carta enviada pela UNFCCC citou portas sem monitoramento, segurança insuficiente e dificuldade de resposta integrada entre forças federais e estaduais.


Autoridades evacuam pessoas do pavilhão em chamas (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


Além disso, o documento também destacou problemas de infraestrutura, como calor excessivo, falhas de climatização, infiltrações causadas por chuva e riscos relacionados à proximidade entre equipamentos elétricos e água.

Função central do Pavilhão dos Países

Em síntese, o Pavilhão dos Países funciona como vitrine para projetos climáticos e políticas públicas. Ali, representantes técnicos, observadores e instituições parceiras apresentam soluções e experiências que dialogam com as negociações formais da conferência.

A COP30 começou em 10 de novembro e reuniu líderes globais para discutir iniciativas climáticas. Na abertura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “é mais fácil financiar o clima do que guerras”, além de destacar a relevância de Belém como sede para o evento.

Alemanha decide investir cerca de R$ 6,150 bilhões em ideia proposta pelo Brasil na COP30

Nesta quarta-feira (19), em Belém, no Estado do Pará, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva — que está no local por conta da COP30 — afirmou que a Alemanha fará um aporte financeiro de € 1 bilhão (cerca de R$ 6,150 bilhões) para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF).

 O fundo (TFFF) é considerado a principal estratégia do Brasil para a reunião da COP30 e, em consequência disso, tornou-se a principal vitrine diplomática do país nesta conferência. 

Portanto, essa proposta, anunciada de início pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, propõe que países com grandes áreas de floresta tropical — como Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo — possam ser incentivados financeiramente e receber uma remuneração pela conservação dos seus respectivos biomas.

Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) 

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) é um mecanismo financeiro proposto pelo Brasil na conferência da COP30. Enquanto muitos países focam na redução do carbono, o Brasil tenta atacar o problema da poluição por outro ponto. Nesse modelo, investe-se para preservar as florestas, utilizando um fundo de renda fixa para gerar recursos e, assim, destinar um incentivo à conservação de florestas tropicais.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirma não ser um mecanismo de doações, e sim investimentos e incentivos financeiros para a conservação de florestas. Desse modo, o lucro das aplicações será usado para remunerar países que mantêm suas florestas bem, com prioridade para nações como Brasil, Indonésia e Congo, pelo tamanho de florestas tropicais úmidas que eles possuem.


Ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o Presidente do Brasil Lula discursando sobre investimentos no TFFF (Vídeo: reprodução/Instagram/@canalgov)


A ideia é que esse mecanismo funcione como uma espécie de “renda florestal global”, sendo aberto na bolsa de valores para investidores, assim incentivando a adesão de investimentos públicos e privados para compensar o valor econômico. Também terá alguns critérios bem claros e simples de compreensão para que os países recebam esse incentivo financeiro para manter a floresta viva e não derrubá-las.

Critérios e funcionabilidade do TFFF

 Para resumir, o TFFF funciona com uma estrutura que adota um modelo de fundo de investimento com gestão de carteira de renda fixa voltado ao financiamento climático. Assim, pretende mobilizar cerca de R$ 625 bilhões (US$ 125 bilhões) em recursos, juntando aportes de países e fundações com emissões de títulos no mercado financeiro para o funcionamento do fundo.

E, portanto, o dinheiro será aplicado em ativos globais, com foco em investimentos seguros e sustentáveis que gerem retorno acima do custo do fundo. Parte do lucro irá para os investidores, e a outra parte será usada para remunerar países que preservam florestas tropicais, proporcionalmente à área conservada.

Desse modo, temos como critérios o pagamento anual por hectare de floresta preservado; e, neste pagamento, cerca de 20% no mínimo são destinados a recursos a povos indígenas e comunidades locais. Além disso, é proibido utilizar esse dinheiro para investir em combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás).


Imagem da Floresta Amazônia próximo ao Rio Tocantins no Estado do Pará (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Mauro Pimentel)


Para concluir, a verdade, olhando pelo lado somente financeiro, é que, na prática, a destruição das florestas tropicais ainda gera mais retorno econômico do que sua conservação. O TFFF aparece na contramão para criar um incentivo para ter lucro em preservar as florestas.

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre acaba se diferenciando de outros mecanismos, como o REDD+, ao propor um modelo de pagamento direto para a preservação das florestas, e não somente pelo carbono que deixa de ser emitido. O modelo do REDD+ é uma espécie de mecanismo criado pela ONU que recompensa financeiramente alguns países pela redução de emissões de carbono causadas pelo desmatamento e pela degradação florestal.

Porém, no caso do TFFF, o plano proposto pelo Brasil vai muito além da lógica de só diminuir a produção de carbono, sendo um pagamento direto pela floresta que permanece em pé e pela conservação a longo prazo dessas mesmas florestas tropicais.

 

 

ONU e Brasil apuram invasão de manifestantes durante a COP30

O governo brasileiro e a ONU (Organização das Nações Unidas) abriram uma investigação para apurar a invasão de manifestantes na COP30, em Belém, nesta terça-feira (11). O grupo de manifestantes portavam cassetetes na tentativa de invadir área restrita do evento e entraram em confronto físico com a equipe de segurança do local.

De acordo com um porta-voz da UNFCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) à CNN, o ocorrido está sendo investigado pelas autoridades brasileiras e da ONU, mas o local permanece seguro e as negociações da COP30 continuam em andamento.

Manifestação na Zona Azul

A tentativa de invasão do grupo de manifestantes ocorreu na Zona Azul, uma área fechada ao público e destinada exclusivamente a delegações oficiais, chefes de Estado, observadores e imprensa credenciada, sendo um espaço de negociação. O protesto ocorreu por volta das 19h20 e houve confronto físico entre os manifestantes e a segurança local.

Dois seguranças tiveram ferimentos leves e foram levados para a área médica da COP. A saída foi bloqueada para pessoas que estavam credenciadas para a Zona Azul e a estrutura do local foi levemente danificada durante a manifestação.


Vídeo mostra momento em que manifestantes tentam invadir a área restrita (Mídia: reprodução/Instagram/@portalg1)


Reação da ONU e do governo brasileiro

Segundo a UNFCC, “autoridades do governo brasileiro e da ONU estão investigando o incidente e o local está seguro e as negociações da COP continuam”. O porta-voz afirmou que foram tomadas medidas de proteção que buscam garantir a segurança do local, de acordo com os protocolos de segurança estabelecidos, após o ocorrido.

Já o secretário extraordinário da COP, Valter Correia, declarou que a organização do evento estava tomando as devidas providências acerca da manifestação, completando que a ONU tem todos os protocolos de seguranças.

A segurança da Zona Azul é realizada por agentes contratados pela própria ONU, que depois pediram reforços a agentes do Estado e bombeiros civis. Depois da confusão, o local foi evacuado, mas ainda não há informações acerca da identificação dos protestantes, nem sobre possíveis detenções que ocorreram no momento ou depois da tentativa de invasão.

Lula abre COP30 em Belém e destaca a importância do evento para o clima global

Nesta segunda-feira (10), iniciou em Belém (PA) a 30ª Conferência Climática das Nações Unidas (COP30). O evento, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), reúne líderes de diversos países para discutir ações e iniciativas voltadas ao clima. Na abertura oficial, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um discurso destacando a importância da realização da conferência em Belém e afirmou que “é mais fácil financiar o clima do que guerras”.

O discurso do Presidente

Durante o discurso de abertura, o presidente Lula destacou a importância da realização do evento na capital paraense, mesmo diante dos desafios logísticos e estruturais que todo o estado vem enfrentando ao longo do ano. Lula ressaltou que sediar a conferência no Pará foi um grande desafio, mas se tornou uma demonstração de comprometimento, verdade e coragem. “Quando se tem disposição e compromisso com a verdade, a gente prova que não tem nada impossível. O impossível é não ter coragem para enfrentar desafios.”


Presidente Lula para COP30 em Belém (Foto: reprodução/Bruno Peres/Agência Brasil)


O presidente também afirmou que esta será “a COP da verdade”, enfatizando a necessidade de combater a desinformação e valorizar estudos e informações científicas.
“Vivemos uma era de desinformação e rejeição aos estudos científicos. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”, declarou. Além disso, o presidente fez comparações sobre os gastos de países que estavam ou estão passando por guerras e afirmou que ”É mais barato financiar o clima do que a guerra”.

Pautas políticas da COP30

As principais pautas de negociação foram definidas previamente, durante uma reunião da chamada Cúpula dos Líderes, que se encerrou na última sexta-feira (7). As pautas incluem acelerar a transição energética; ampliar o financiamento climático e promover a proteção das florestas e matas tropicais.
Apesar da presença de representantes de diversas nações, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não compareceu e tampouco enviou representantes ao evento até o momento.

A COP30 irá reunir cerca de 500 mil participantes até o dia 21 de novembro, incluindo empresários, cientistas, ativistas, líderes políticos e etc. Consolidando a cidade de Belém como um importante centro de debates globais sobre o futuro climático do planeta nos próximos dias.

Secretário-geral da ONU faz discurso na Cúpula de Líderes

Nesta quinta-feira, dia 06 de novembro, António Guterres – o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) – discursou na Cúpula dos Líderes da COP 30, em Belém, evento que reúne autoridades que participarão da conferência. Durante o discurso, António Guterres fez críticas aos combustíveis fósseis e ao investimento neles, além de criticar o fracasso mundial da manutenção da temperatura global, que deveria aquecer menos de 1,5°C. O secretário-geral da ONU foi responsável pelo primeiro discurso da Cúpula dos Líderes da COP 30, evento que antecede a COP, e que marca a abertura do evento principal. 

O discurso

Durante o seu discurso na Cúpula dos Líderes, António Guterres falou que o aumento da temperatura global pode trazer efeitos socioeconômicos negativos, e que, para tentar reverter a situação climática atual, as nações deverão se unir e trabalhar juntas. “Precisamos de uma mudança fundamental de paradigma para limitar a magnitude e a duração dessa ultrapassagem e reduzi-la rapidamente”, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas em seu discurso.


Sala de imprensa da COP 30 (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalg1)


Além disso, o português António Guterres também cobrou os países mais ricos, afirmando que eles deveriam ter ações com mais eficácia em relação à justiça climática. O secretário-geral da ONU também apontou que os obstáculos que são enfrentados para a mudança da situação climática são de cunho político, e pediu que a COP 30, que acontece em Belém, seja a virada de chave em relação à crise climática.

A COP 30

A Conferência das Partes, ou Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, capital do estado do Pará. O evento internacional já tem a confirmação de participantes de 170 nações diferentes, e reunirá países como a China, a Espanha, a França, o Reino Unido e o Chile. Além das delegações dos países, outras organizações também participarão da COP 30.

Belém recebe Anitta, Chris Martin e Gilberto Gil em evento que celebra início da COP 30

Belém viveu uma noite inesquecível neste sábado (1). Mesmo com chuva, o estádio Mangueirão viveu intensamente o festival Global Citizen, que abriu oficialmente as celebrações e debates simbólicos rumo à COP 30. E, como já era esperado, a música roubou a cena. Chris Martin, líder do Coldplay, encantou o público ao cantar hits, como se estivesse em plena turnê da banda, mas o momento mais comentado veio depois: quando ele voltou ao palco para ser, literalmente, músico de apoio de Seu Jorge. A parceria inesperada empolgou a plateia e rapidamente se tornou um dos pontos altos do evento.

A energia amazônica tomou conta do festival desde os primeiros minutos. Ícone da região, Gaby Amarantos fez um show vibrante, celebrando as raízes paraenses e a força cultural da Amazônia. A cantora também destacou a importância de Belém sediar a COP 30, reforçando o papel do Norte do país nas discussões ambientais globais.


Seu Jorge e Chris Martin (Vídeo: reprodução/X/@forumcoldplay)


Confira detalhes das demais apresentações

O artista Charlie Puth, de 33 anos, fez uma apresentação breve com cerca de três canções, uma delas foi “See you Again”, dele e de Wiz Khalifa. Usando camisa social e gravata, o cantor fez as três músicas ao piano.

Gilberto Gil manteve os shows curtos, apresentando hits como “Palco”, “Tempo Rei” e “Toda Menina Baiana”. O cantor baiano, de 83 anos, realizou apresentação acompanhado por uma banda composta de guitarra, baixo e bateria.

O líder do grupo intitulado Coldplay fez voz e violão, optando por alguns sucessos como “Paradise”, “Viva la vida” e “A sky full of stars” e, para animar de vez o público, leu em português algumas palavras escritas em um papel. “Boa noite, meus amigos, muito bom estar aqui com vocês.”

Show de Anitta

Uma das atrações mais esperadas da noite, a cantora de Honório Gurgel, surgiu no palco com um cenário que lembrava as aparelhagens de som típicas de Belém. Realizou releitura de “Show das Poderosas” e seguiu apresentação com outros sucessos na versão tecnobrega “No chão Novinha”, parceria com Pedro Sampaio, “Joga pra lua” e “Savage funk”, finalizando o Global Citizen com um baile funk.


Anitta em apresentação em Belém (Foto: reprodução/Instagram/@anitta)


O Global Citizen encerrou a noite deixando uma mensagem clara: a música, quando aliada ao ativismo, ganha ainda mais potência. Em Belém, artistas de diferentes países e estilos mostraram que o palco pode e deve ser um espaço para conscientização, mobilização e celebração da diversidade. Assim, o evento não apenas abriu caminhos para a COP 30, mas também reafirmou a cultura como protagonista na luta por um futuro sustentável.

Brasília não será capital do país durante conferência da COP 30

Durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorrerá entre os dias 11 e 21 de novembro, a cidade de Belém, no Pará, será a capital simbólica do Brasil. A proposta foi aprovada pelo Senado na terça-feira (7) e aguarda agora a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse período, todos os atos oficiais do Executivo, Legislativo e Judiciário poderão ser assinados com a referência à nova capital temporária.

A autora do projeto, deputada Duda Salabert (PDT-MG), defende que a medida fortalece a importância da Amazônia no debate internacional. Já o relator no Senado, Jader Barbalho (MDB-PA), destacou que a mudança reforça o protagonismo brasileiro nas pautas climáticas e coloca a floresta no centro das decisões globais.

Belém ganha holofotes ao sediar cúpula climática

A COP 30 será realizada pela primeira vez no Brasil. O evento reunirá líderes de diversos países em Belém para discutir temas como desmatamento, aquecimento global e transição energética. A cidade foi escolhida estrategicamente por sua localização na região amazônica, área essencial na regulação climática do planeta.


Publicação da TV Senado (Vídeo: Reprodução/Youtube/TV Senado)

A proposta de transferência simbólica da capital é vista por muitos como um gesto político importante. A expectativa é que essa mudança contribua para atrair mais atenção internacional às demandas da região Norte e à necessidade de preservação da Amazônia.

Projeto divide opiniões no Senado

Apesar do caráter simbólico, a proposta também gerou críticas. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) votou contra a medida e classificou a mudança como “encenação política”, questionando o custo e o impacto da decisão. Já o senador Cleitinho (Republicanos-MG) seguiu a mesma linha e também se opôs à iniciativa.

Por outro lado, senadores como Zequinha Marinho (Podemos-PA) e Damares Alves (Republicanos-DF) apoiaram o projeto. Damares chegou a propor a criação de uma Comissão da Amazônia no Senado para dar continuidade ao debate sobre a região. Com a sanção presidencial, Belém ganhará, mesmo que por poucos dias, o título de capital do país e com ele, a chance de protagonizar um dos eventos ambientais mais importantes do planeta.

Belém recebe Mariah Carey em espetáculo inédito pela Amazônia

Belém se transforma, nesta quarta-feira (17), em palco de um espetáculo histórico que une música, cultura e consciência ambiental. A diva mundial Mariah Carey se apresenta no evento “Amazônia Live – Hoje e Sempre”, que acontece no Rio Guamá e celebra a floresta amazônica e os povos que dela fazem parte. A iniciativa reúne grandes nomes da música paraense e promete emocionar o público com uma fusão de vozes, ritmos e mensagens de preservação.

Palco flutuante e cenário simbólico

O palco do festival foi especialmente projetado para refletir a identidade amazônica. Flutuante e inspirado na vitória-régia, símbolo da região, ele será instalado sobre as águas do Rio Guamá, criando um cenário único para a apresentação. Mais do que um espetáculo visual, o palco representa a harmonia entre arte e natureza, reforçando a ideia de que a floresta é protagonista desse encontro.


Mariah Carey se apresentará no Amazônia Live, que também terá participação de Joelma, Gaby Amarantos, e muito mais (Vídeo: reprodução/Instagram/@tvglobo)


Estrelas paraenses dividem a cena

Antes de Mariah Carey subir ao palco às 18h15, artistas paraenses de renome conduzirão o público em uma celebração da cultura local. Dona Onete, com sua inconfundível voz carregada de tradição, Joelma, ícone do tecnobrega, Gaby Amarantos, representante do pop amazônico, e Zaynara, nova voz promissora da cena, garantem uma abertura plural e vibrante. A programação começa a partir das 17h, exaltando a força musical do Pará.

Música em prol da preservação

O “Amazônia Live – Hoje e Sempre” vai além do entretenimento. O projeto busca chamar atenção para a preservação da floresta amazônica, alertando sobre a urgência de proteger os povos originários e contribuir para a redução das emissões globais de carbono. A música se torna, assim, instrumento de conscientização e transformação.

Onde assistir

Quem não estiver em Belém poderá acompanhar a apresentação ao vivo pelo Multishow e pelo Globoplay, em sinal aberto, a partir das 18h15. Já na TV Globo, os melhores momentos do evento serão exibidos logo após o programa Estrela da Casa.

COP30 em Belém: preços de hotéis assustam e geram revoltas

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), agendada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, enfrenta forte turbulência devido a valores desproporcionais de hospedagem na capital do Pará.

Diárias alçam preços abusivos

Diárias de hotéis locais têm alcançado cifras de até dez a quinze vezes o preço normal, gerando revolta entre diversas delegações, sobretudo de países em desenvolvimento. Como a questão tem gerado grande insatisfação na cúpula do COP, vários países tem buscado outras cidades como opção, devido a tais preços abusivos da rede de hotéis da capital paraense.


Presidente Lula precisará lidar com imbróglio quanto a realização do COP30 nos próximos meses (Foto: reprodução/ RAUL ARBOLEDA / AFP)

Na preparação da COP30 em Belém, delegações internacionais estão revoltadas. Hotéis cobram 200% a 400% acima do valor padrão da ONU, e mais de 70% das delegações ainda não conseguiram reservas. Pacotes rígidos, pagamentos rápidos e informações fragmentadas tornam a organização praticamente impossível.

Um vice-presidente do Bureau da ONU chamou a situação de “insanidade e um insulto”, afirmando que isso ameaça o próprio multilateralismo e a participação efetiva de países menores. Ele pediu um parecer formal sobre alternativas e até a possibilidade de mudar a cidade-sede. O recado é claro: se não houver ajustes, a COP30 arrisca se torna algo fora da realidade, em vez de promover confiança e soluções climáticas.

COP30 arrisca ser excludente

Mesmo que a UNFCCC consiga resolver a hospedagem dos delegados, outros participantes (ONGs, acadêmicos, empresários e comunidades tradicionais) ainda enfrentam problemas. A coalizão Observatório do Clima alerta: se nada mudar, a conferência pode virar uma das mais excludentes da história.

Em Belém, os hotéis estão cobrando até dez vezes mais do que o normal, muito acima do que acontece em outras cidades durante eventos da ONU. Isso deixa muita gente de fora. Por outro lado, o governo diz que está tentando intervir de forma legal, via Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), mas ainda sem prazo para resolver. A Senacon pediu informações aos hotéis e vai avaliar possíveis abusos, seguindo a lei que garante liberdade de mercado, mas sem permitir preços abusivos.

Se não houver soluções rápidas, muitas participações importantes podem ficar fora da COP30, e isso ameaça a inclusão de todos na conferência.

Mariah Carey se apresentará em Belém no evento “Amazônia Para Sempre”

A organizadora dos festivais Rock In Rio e The Town, Rock World, confirmou um show especial de Mariah Carey em Belém. A apresentação será parte do evento Amazônia Para Sempre e acontece dois meses antes da 30ª Conferência das Partes para o Clima (COP 30) da ONU, sediada na capital paraense.

O show está marcado para o dia 17 de setembro e será transmitido ao vivo pelo Multishow e pela TV Globo. O repertório promete incluir sucessos icônicos da carreira da artista, como “We Belong Together”, Obsessed” e “Fantasy”.

Estrutura do palco e conexão com a Amazônia

O palco do evento será uma estrutura grandiosa inspirada na vitória-régia, planta marcante da região amazônica. Com 88 toneladas e um diâmetro de 25 metros, a cenografia será montada temporariamente sobre as águas do Rio Guamá, criando um visual impressionante para a apresentação.

O evento também celebra a música paraense, reunindo artistas de diferentes gerações no ato de abertura. Sob a direção de Zé Ricardo, vice-presidente artístico da Rock World, o público poderá conferir as performances de Dona Onete, Joelma, Gaby Amarantos e Zaynara.

Além do espetáculo musical, o evento busca chamar atenção para a questão climática. Para eternizar a experiência, os bastidores do show serão registrados em um documentário especial, reforçando a conexão entre arte e sustentabilidade.


Mariah Carey durante show no Rock In Rio 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@mariahcarey)

Mariah Carey também se apresenta em São Paulo

Antes de subir ao palco em Belém, a cantora de 55 anos se apresentará no festival The Town, em São Paulo, no dia 13 de setembro. O show acontecerá no palco Skyline e promete emocionar os fãs brasileiros.

Além de sua carreira consagrada, Mariah Carey também se destaca por seu trabalho filantrópico. Desde 1994, ela é uma das principais apoiadoras do Camp Mariah, um acampamento para jovens carentes em parceria com a organização sem fins lucrativos The Fresh Air Fund.

Em reconhecimento ao seu compromisso com causas sociais, recebeu em 1999 o Congressional Award e, em 2019, o prêmio Power Woman, concedido pela revista Variety.