Réplica da Birkin viraliza e esgota no Walmart

Uma réplica da icônica Hermès, Birkin, apelidada de “Wirkin”, tornou-se o centro das atenções nas redes sociais, especialmente no TikTok. Disponibilizada por apenas US$ 78 no e-commerce do Walmart, a peça rapidamente esgotou, consolidando seu status como um fenômeno viral. Feita pela empresa terceirizada Kamugo, a bolsa é confeccionada em couro legítimo (segundo anúncio do produto) e é oferecida em cores vibrantes como laranja e verde.

Apesar de sua popularidade, a Wirkin não possui nenhuma ligação oficial com a Hermès, ou seja, o modelo não pode ser considerado uma Birkin por não ter relação com a Hermès. O design, inspirado no modelo clássico da grife francesa, levantou debates sobre autenticidade, ética no mercado de réplicas e até questões legais.


Loja Walmart (Foto: reprodução/Jow Raedle/Getty Images embed)


Entre o acessível e o exclusivo

A Birkin original é considerada um símbolo de luxo e status, com preços que variam entre US$ 10 mil e mais de US$ 300 mil no mercado de revenda. Por isso, a réplica oferecida pelo Walmart atraiu consumidores que buscam uma alternativa mais acessível. Muitos usuários elogiaram a qualidade e a semelhança da Wirkin com a original, mas outros apontaram a ausência do prestígio e da exclusividade associados à Hermès.


Bolsa no modelo ‘Birkin’ da Hermès (Foto: reprodução/Edward Berthelot/Getty Images Embed)


Vale lembrar que o modelo Birkin da grife Hermès é um dos produtos mais desejados do mundo da moda e mais exclusivos na hora de comprar, sendo necessários requisitos para sua compra, que envolvem relevância e tempo de espera. 

Especialistas do The Fashion Law, portal especializado em direitos da moda, indicam que a Hermès poderia alegar violação de marca registrada, já que bolsas Birkin autênticas também são revendidas no site do Walmart, aumentando o potencial de confusão entre os consumidores.

O papel das redes sociais

No TikTok, a Wirkin alimentou tendências e debates. Alguns usuários compraram o modelo para criar conteúdo, enquanto outros criticaram a réplica, argumentando que ela banaliza o legado da grife francesa.

A discussão também reacendeu a questão da ética no mercado de réplicas, que, embora democratize o design de luxo, pode comprometer valores associados à exclusividade e durabilidade.


Loja da Hermès (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Mercado de réplicas em expansão

O sucesso da Wirkin reflete uma mudança nos hábitos de consumo, com o público buscando produtos que combinam estilo e custo-benefício. O Walmart, conhecido por sua estratégia de preços acessíveis, continua a atrair consumidores de diversas faixas de renda.

Embora a Hermès não tenha se pronunciado oficialmente, o caso da Wirkin destaca o impacto das redes sociais na popularização de tendências e na redefinição dos limites entre inspiração e imitação.

Hermès é processada por vender bolsas “Birkin” às clientes que compram mais

A marca francesa de luxo está sofrendo processos de dois clientes insatisfeitos com a atitude da marca. Tina Cavalleri e Mark Glinoga entraram com uma ação na Justiça esta semana após darem depoimentos sobre tentativas negadas de adquirirem bolsas “Birkin”.

De acordo com eles, mesmo gastando milhares de dólares na loja, ainda assim, não puderam comprar suas bolsas “Birkin” por elas ser extremamente restrita à clientes frequentes que “apoiam a marca”.

O sonho de toda uma classe

A bolsa “Birkin” é conhecida por ser super exclusiva e um dos itens mais cobiçados da “Hermès”, além de ser trend nos guarda-roupas de artistas como; Kim Kardashian, Drake, Cardi B etc. Para muitas pessoas, ter uma “Birkin” é sinônimo de riqueza e “drip” que te permite ser considerado em um patamar social mais alto. 


(Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Nem tão políticamente correto

Porém, a marca tem um processo de venda da bolsa que é considerado crime nos Estados Unidos, violando a regulamentação “anti-confiança” ao vincular a venda do produto exclusivamente à quantidade de outros gastos na loja. Ou seja, o que se assemelha no Brasil com o conceito de “venda casada” que também é crime. Junto a isso, foi revelado que durante o processo de compra, os compradores são levados para uma sala exclusiva vazia onde recebe a bolsa.


(Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Com isso, foi apurado também que este processo incorpora até mesmo comissões de funcionários da “Hermès”, onde os vendedores não recebem comissões pelas vendas especificamente de “Birkins”, mas são recompensados com porcentagem em cima do valor que vendem junto com as cobiçadas bolsas, logo são incentivados a empurrar outros itens aos clientes. A “Rolex” éoutra marca que tem um processo de venda extremamente parecido com esse e também já sofreu processos ao longo dos anos.

“Hermès” já havia falado sobre esse assunto no passado, negando as acusações e que proibia esta ação, mas desde os novos processos, ainda não há um novo pronunciamento.